domingo, 27 de novembro de 2011

A DIFÍCIL ARTE

Rua Pe. Anchieta - Curitiba - PR
Viver em apartamento é uma arte.

Há mais de 20 anos moro “empilhada”, e tirando o fato que teoricamente é mais seguro do que morar em casa, de resto, chega a ser uma provação.

Existem sites especializados em administração (de problemas) de condomínios, e volta e meia estou eu lá buscando saber como os outros mortais que moram em apartamento resolvem o mesmo impasse que estou vivendo no momento. Um dos sites é o SindicoNet.

Esta semana estive às voltas com o apartamento em cima do meu, que foi ocupado por um novo inquilino. Depois de uma semana, estou “contente” que ele é inquilino. É sinal de que não ficará ad eternum. O novo vizinho acorda às 5:15 h da madrugada. 

O vizinho anterior não dormia antes da meia-noite, e até essa hora derrubava no chão o apartamento todo. Fico pensando o que faz alguém derrubar tanta coisa no chão. Vejo por mim: uso o apartamento todo, nada fico derrubando ou arrastando que possa incomodar o vizinho de baixo. Acho que Freud deve explicar.

Mas o problema atual é o barulho no andar de cima. É bem quieto o meu bairro à noite,  uma dádiva nos dias de hoje (até quando não sei).  Então, chuveiro e descarga de vaso sanitário às 5 da matina,  imagina o barulho que causam!

Como descobri que é muito bom a gente dividir as nossas angústias com o outro, até para buscar alguém que tenha o mesmo problema, pra ver o nosso diminuído, andei contando para meus conhecidos e amigos. E olha, que cada um tinha uma história do barulho!

Ouvi desde salto de sapato (toc-toc-toc) no meio da madrugada, vizinhos de baixo dando vassourada no teto, vizinhas de cima (as sem-razão ou sem-noção) gritando palavrões para a vizinha de baixo, cachorro latindo e incomodando, vizinha que não dorme a noite toda, e anda pela casa feito uma zumbi, até a idéia que uma colega teve de ligar o ar condicionado na ventilação, para dormir a noite toda com um barulho constante, que é para abafar o barulho intermitente do andar de cima. É mole? Solução através de troca de ruídos!

Acontece que todo o problema é oriundo de uma coisa só: falta de educação. Quem não sabe conviver com os outros não poderia, jamais, viver em condomínio. Só que chego à conclusão que a falta de educação está em todos os níveis e classes sociais. Dos condomínios alto-padrão aos populares há a mesma reclamação minha. Mesmo que os apartamentos tenham bom isolamento acústico, coisa que poucos têm. Em Curitiba até construtora grande está dividindo os cômodos dos apartamentos com dry-wall. Não é fácil!

Alguém vai perguntar: o condomínio não tem Regimento Interno? Todos têm. O condomínio não tem Síndico? Todos têm. Só que ambos, bem... Vamos por analogia: os condutores de veículos têm uma legislação inteira de trânsito para cumprir, o País é “regido” por Leis, os sócios de um clube, por exemplo, devem seguir um Estatuto, a vida em coletividade é regrada dentro e fora de casa. Só que daí entre a coletividade e o cumprimento dessas regras há um abismo, quando não se tem educação.

No meu caso, não tem muito o que fazer. Não posso impedir o vizinho de tomar banho àquela hora, então, vou exercitando minha paciência e minha indulgência. Como disse no início desta postagem: deve ser uma provação. (hehe).

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