quarta-feira, 9 de novembro de 2011

DESSA ÁGUA BEBEREI

Parque Barigui - Curitiba - PR
 
Jamais diga a frase “Dessa água não beberei.”, porque pode estar embutido nela algum tipo de preconceito.

Ainda há, mesmo nos dias de hoje, com toda evolução por que já passamos, um monte de preconceito: racial, de religião, de classe social, de sexo (homofobia), de profissões, sobre os aidéticos, etc.. Se formos ver, lá no fundo, todos são oriundos do nosso orgulho e da nossa dificuldade em aceitar o diferente.

Não é uma crítica, porque acredito que todos nós, em maior ou menor grau, temos algum tipo de preconceito. E eu me incluo nessa. Somos espíritos imperfeitos, em busca de melhoramento, principalmente moral.

E é sobre um preconceito em específico que quero falar hoje: preconceito de idade no relacionamento amoroso entre duas pessoas. É que tenho um pouco de experiência, e positiva, sobre. (hehe).

Uma amiga me ligou para contar que conheceu um rapaz e estão se conhecendo, quase namorando. Ele é mais novo que ela. Para ele até agora não fez qualquer diferença a diferença de idade. Aliás, ela que se preocupou em saber a idade dele. 

Qual o “problema”? Até então, ela nunca havia namorado alguém com menos idade. Embora esteja gostando dele, está com medo e de certa forma, pela sua fala, ela pedia a minha opinião. 

Por que interessa minha opinião a ela? Porque já tive namorados mais novos que eu e isso nunca foi problema. Aliás, era até alvo de curiosidade por parte da minha amiga: como ficava pra mim estar com alguém mais novo? Desculpe-me a franqueza (ela vai ler este post), mas é verdade! (hehe)

O que respondi a ela: siga em frente. Se o relacionamento for baseado no respeito às diferenças; se ele é um homem bom e honesto; se ambos se admiram; se ela entender que vai dar certo o tempo que tiver que dar; que quem teria que se incomodar (em tese) com a idade seria ele, que é mais novo, e não se incomodou, qual o problema? Acredito até que ela que não está sabendo lidar com o fato de um homem mais novo encantar-se por ela! Quer um algoz pior do que a gente mesmo?

E se fosse o contrário? Se ela fosse mais nova? Qual a garantia de que poderia dar certo? Nenhuma! A única certeza que a gente tem nessa vida é de que estamos de passagem aqui, e que um dia a nossa hora de ir para o outro lado chegará. Só! 

Minha amiga é espírita e lembrei-a de que somos espíritos milenares. Quem garante que o espírito dele não seja mais velho do que o dela? Se eles se encontraram, e se gostaram, no mínimo são espíritos afins, que estão homem e mulher, e querem ter a experiência amorosa.  Que maravilhoso!

Claro que não sou tão ingênua em imaginar que não haverá nenhum conflito de gerações aí. Pode haver sim. Mas daí a jogar fora a oportunidade, onde ambos têm o desejo de conviver um com o outro, por puro preconceito, sem tentar, já é demais. 

Jesus Cristo foi o exemplo maior de aceitação do diferente. Em inúmeras passagens do Evangelho O vemos fazendo questão de conviver com vítimas do preconceito. Será que não temos que seguir o Seu exemplo? Penso que sim.

Pra finalizar, transcrevo um trechinho da belíssima música do Djavan – Tanta Saudade, que fala do desejo, que uma vez instalado na gente, não adianta querer procurar de onde ele vem. É melhor encará-lo da melhor forma possível. A música toda está disponível no player ao lado.

"Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem
Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo apetite do coração."

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