quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A CARIDADE DE PAULO E ESTÊVÃO

Estrada Califórnia - Apucarana - PR
Por indicação de pessoas que prezo muito, estou lendo “Paulo e Estêvão”, do Chico Xavier, ditado pelo espírito Emmanuel.  

O que posso dizer do livro, até o ponto onde estou na leitura: emocionante, belíssimo! 

Conta a vida de Paulo (Saulo de Tarso/São Paulo) e  sua conversão ao Cristianismo, a partir de Estêvão. Ainda não cheguei na parte que certamente contará das cartas (epístolas) que Paulo escrevia, mas sugestionada por um colega seguidor da Doutrina, fui buscar uma dessas cartas no Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), que se reporta à Bíblia, e fala sobre a caridade. Trata-se da 1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e 13, cujo conteúdo também serviu de inspiração para Renato Russo compor uma música muito famosa – Monte Castelo, cantada por ele no Legião Urbana. Coloquei a música no player, no lado direito do blog.

Já falei aqui neste blog que uma das máximas do Espiritismo é que “fora da caridade não há salvação”.

Penso que não é só uma máxima do Espiritismo, mas deveria ser o pilar de todas as religiões e filosofias. Independentemente se a religião segue apenas o Velho Testamento, ou se tem seus próprios livros sagrados. É que de tudo o que Jesus Cristo nos deixou de legado, pode ser resumido em um princípio: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.  E esse princípio tem tudo a ver com caridade, que é uma lei universal de amor ao próximo, de indulgência, benevolência, paciência, de vivência plena da paz, conosco, com o próximo e com Deus.

Transcrevo o trecho da carta de Paulo aos Coríntios, do ESE (Cap. XV), tradução de Guillon Ribeiro:

"Necessidade da caridade,  segundo S. Paulo

6. Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine;  - ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou.  - E, quando houver distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.

A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; - não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade (S. PAULO, 1ª Epístola aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e 13.)

7. De tal modo compreendeu S. Paulo essa grande verdade, que disse: Quando mesmo eu tivesse a linguagem dos anjos; quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios; quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Dentre estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade. Coloca assim, sem equívoco, a caridade acima até da fé. É que a caridade está ao alcance de toda gente: do ignorante, como do sábio, do rico, como do pobre, e independe de qualquer crença particular.

Faz mais: define a verdadeira caridade, mostra-a não só na beneficência, como também no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo."

2 comentários:

  1. MARAVILHOSAS PALAVRAS! AMEI O CONTEÚDO DO SEU BLOG. A CARIDADE ESTÁ AO ALCANCE DE TODOS INDEPENDENTE DE CRENÇA RELIGIOSA, CONCORDO COM VOCÊ. OBRIGADA POR TRAZER REFLEXÕES E ENSINAMENTOS IMPORTANTES. FIQUE COM DEUS!

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