quinta-feira, 24 de novembro de 2011

AMOR E PERDÃO

Imagem pública do https://picasaweb.google.com/

Em uma das palestras que assisti no Centro Espírita Nosso Lar, a palestrante, no seu tema, disse-nos  que quando rezava o Pai-Nosso, mudava uma das frases, por achar que para ela, na sua imperfeição aqui na Terra, seria mais justa. A substituição era de “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendidoporPerdoai as nossas ofensas, assim como nós tentamos perdoar a quem nos tem ofendido”. 

Gostei muito da troca e passei a orar, desde então, assim também.

Sejamos sinceros: nem sempre perdoamos a quem nos tem ofendido, e nem sempre tentamos perdoar o ofensor. Mas entre os dois é mais honesto confessar que tentamos perdoar. 

Quantas vezes dizemos que perdoamos, mas em pensamento desejamos e ficamos esperando que algo aconteça ao nosso desafeto para que ele “repare” o dano que nos causou. Que sofra o que nos fez sofrer, no olho-por-olho, dente-por-dente. Daí nada vale, isso não é perdão. 

E se temos dificuldade em perdoar, é porque temos dificuldade ainda em seguir o mandamento máximo do Cristo, que é o de “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Na medida que sabemos amar, sabemos perdoar. Olhar a falta do outro em relação a nós e termos misericórdia para com ele. Se Deus faz isso a todo instante conosco, porque nós temos que ser diferentes?

Pedro, em um trecho de sua Primeira Epístola, nos lembra que “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados.” Não é à toa que estamos neste mundo de “provas e expiações”, embora passando para o de “transição”. Acho que ainda falta muito.  Ainda levaremos algumas encarnações para dizer “perdoai as minhas ofensas assim como eu perdoo o meu ofensor”. 

Gosto muito de um trecho do livro “Convites da Vida”, do Divaldo Pereira Franco, ditado pelo espírito Joanna de Ângelis, que consta de um panfleto que foi distribuído no nosso Centro, e que de vez em quando leio, para me instruir e relembrar o sentido e o valor do perdão. Principalmente quando tento perdoar a quem me tenha ofendido. Transcrevo-o:

"
Convite ao Perdão


Por mais rude haja sido a agressão, perdoa.

Mesmo que a injustiça prossiga amargando as tuas elevadas aspirações, perdoa.

Não obstante, o amigo momentaneamente enganado se haja transformado em teu algoz, perdoa.

Apesar dos teus esforços no bem se nada conseguires, permitindo a sementeira da calúnia a multiplicar dificuldades e espinhos pela senda, perdoa.

Em qualquer circunstância perdoa aqueles que te ofendam, esquecendo as ofensas com que te agridam.

O ofensor é alguém a um passo do desequilíbrio.

Aquele que se compraz na perseguição, ignora o grau de enfermidade que o vitima.

O perseguidor permanece enleado nas teias do desvario e em breve será vítima de si mesmo.

Indubitavelmente a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer, que possui para dar.

Muitas vezes será convidado ao revide, conclamado à reação engendrada pela ira, que provoca a rebelião, tal a soma de circunstâncias negativas em que te verás envolvido.

Tem, porém, cuidado.

Reflexiona antes de reagir a fim de não agires por precipitação e reflexionares tardiamente.

Jesus, convidado diretamente à reação negativa, vezes sem conta, permaneceu integérrimo, perdoando e amando, por saber que aqueles que O afligiam eram espíritos aturdidos, afligidos em si mesmos, por essa razão, dignos de perdão."

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