Londrina, sábado, 22 de junho de 2013 |
Ontem fui pra rua em Londrina: abaixo a PEC 37!
Quando eu pensava que não iria ver mais, tão cedo, um
movimento ganhar corpo e sair às ruas reivindicando coisas justas neste país de
meu Deus, tenho uma surpresa muito, mas muito grande! Eu, e acredito, que muitos
de nós brasileiros!
Participei das Diretas Já, e de uma época em que, mesmo com
ditadura, tivemos coragem de sair às ruas. Numa época em que não havia celulares, nem câmeras digitais, nem redes
sociais, em que tudo era marcado por partidos políticos (existia a diferença
entre esquerda e direita), e que era marcado de boca a boca ou por panfletos.
Ontem, enquanto caminhava na multidão de 15 mil pessoas (foi
o estimado), no meio de braços que se erguiam, não só pra gritar “Vem pra rua!”,
mas pra fazer uma foto com o celular, ou segurar cartazes cujas frases reunidas
dariam um programa de governo, lembrei-me também da época em que fazia política
estudantil. Em que ia de sala em sala pedindo voto, para o Diretório ao qual eu me candidatei a vice-presidente,
junto com um colega chamado Jorge, como presidente. E nós ganhamos! E tudo
isso sem nunca (e nunca é uma palavra forte, heim), ter sido militante do PT. Nunca precisou e nunca vai precisar. (hehe)
Ontem, a multidão de gente de tudo quanto é idade, mas cuja
maioria era formada de jovens, fez política. E sem precisar de partido algum
também. Não temos representatividade nem no Governo, nem no Congresso, nem no
Legislativo mais próximo da gente, que é o da cidade. Mas não faz mal! As redes
sociais estão aí, como ruas virtuais, e quem sabe dessa galera toda saiam novas
lideranças, novos modos de pensar o país, a cidade; um país, uma cidade cujos futuros pertencem a
esses jovens mesmos!
Foi tudo muito ordeiro, com exceção de alguns momentos em
que grupos de meia dúzia de jovens (isso mesmo: meia dúzia!) subiam em
marquises ou em pontos de ônibus e atiçavam a multidão. E o bacana que a
resposta dessa multidão a eles foi: “Sem violência! “Mostra a cara!”.
Caminhei por mais de duas horas, e me sinto quite comigo mesma,
que sempre critiquei tudo o que representa corrupção, mau uso do dinheiro público, principalmente dos impostos que arrecadam da gente em desde uma lata de milho verde, até
no imposto de renda. Criticar é fácil. Difícil é mostrar a cara. Por isso que
dou tanto valor, me emociono e me sinto orgulhosa de poder participar, mais uma
vez, pra dizer: “Basta!”