sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO!

Hibiscos brancos da Rua Prof. João Cândido - Londrina - PR

Desejo que em 2012 você ame e se ame mais. 

Que se você se encantar por alguém, não guarde só para si: que fale para ele/ela, e para todo o mundo, nem que isto lhe custe um rubor na face, um "sim" ou um "não". Quem sabe? Só falando.

Desejo que você experimente mais vezes perdoar. De coração, de alma.

Que você tenha , em qualquer coisa, mas tenha.

Desejo que você entre o ano com desejo e vontade para transpor preconceitos, sejam quais forem.

Que você ouse deixar pra trás quem lhe faz refém de alma. Que você se liberte.

Desejo que 2012 lhe inspire a começar de novo: um trabalho, um amor, um sonho.

Que você ouse sair de casa sem sombrinha, sem blusa de lã, sem sapatos, sem reservas e pedidos de garantias.

Desejo que o velho seja substituído pelo novo que lhe é oferecido, todos os dias. Mas que você possa manter em 2012 o que de velho for saudável: sua família, seus amigos, sua saúde, sua paz, ...

Que em 2012 você possa fazer sua parte, deixando a outra na mão de Deus e acreditando em ambas.

Que o ano novo seja o ano no qual você dedicará um pouquinho do seu tempo a um trabalho voluntário, por escolha própria, diferente de tudo o que você faz. Você sentirá o que é realmente ser útil.

Desejo que você se desapegue de tudo o que é supérfluo ao espírito. Que o material lhe sirva apenas para a caminhada presente e se não servir mais, que você tenha o desprendimento de doar para quem precisa.

Que em 2012 você faça as pazes com seus pais, com seus desafetos e com você mesmo. Você tem muito deles.

Que 2012 lhe dê de retorno muito riso, muita lágrima de emoção, muita paz, muita serenidade e muito trabalho para não ter tempo de dar chance ao negativo, ao pessimismo.

Mas se coisas ruins acontecerem, que você tenha e coragem para pedir ajuda e para enfrentá-las.

Que em 2012 você faça amigos e se sinta amigo de alguém. Entregue-se. No mínimo você vai ser lembrado e terá alguém para se lembrar também.

Tire seus planos da gaveta e realize-os. Troque o "um dia eu vou..." para "em 2012 eu vou..."

Aproveite... Ano Novo é a chance de repensar, de tentar de novo, de ser um homem novoTodo dia é dia, mas simbolicamente a passagem de ano é um convite e tanto!

Aproveite!

você pode fazer por você!

FELIZ ANO NOVO!


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

AQUELE BEIJO

Miguel Falabella foi muito feliz em escrever uma novela cujo tema principal é o beijo. Não um beijo qualquer: “Aquele Beijo.”

Realmente um beijo muda muita coisa, ou muda tudo. Pra quem está se enamorando de alguém, um beijo é um divisor de águas: AB (Antes do Beijo) e DB (Depois do Beijo).

Antes de se beijar, um casal é nada mais que, no máximo, um par de amigos. Só! Beijou, não tem como voltar a ser o que era antes!

Um beijo finaliza uma cerimônia de casamento, de tão importante que é.

Quando a gente chega de viagem, e é esperado pelo amado, antes de qualquer palavra, é o beijo que tem urgência de acontecer.

É com um beijo que uma noite de amor começa. É com um beijo que um bom dia, fica maravilhosamente, um Bom Dia!

É com um beijo que encerramos uma briga, quando fazemos as pazes com a pessoa amada. O que vem depois é só consequência.

Com um beijo a gente boicota uma briga.

Beijar é terapêutico. Enquanto estamos em um amor platônico, nada, nada vai nos aquietar até o acontecimento do beijo. Enquanto ele não acontece, é só sofrimento. A não ser que a pessoa seja muito zen e se contente apenas em curtir esse amor.

Agora, se for para beijar morno, melhor deixar pra lá. Beijo bom é aquele que a gente olha para o companheiro e se entrega a um, dois, três, uma sequência de beijos. Se for para economizar, melhor nem começar.

Hoje fiz de tudo para não perder o início da novela: o beijo do Vicente e da Cláudia. É o casal que mais gosto; eles têm química e os beijos que eles trocam são “aqueles beijos”. Foi muito linda a cena, ao som de "Exato Momento":

O amor precisa de sol, e do barulho da chuva, de beijos desesperados, de sonhos trocados, da ausência de culpa. ... do jeito que for preciso...

Eu já coloquei “Aquele Beijo” na minha lista de desejos para 2012.  Se for com trilha sonora, então.... fechou!



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

QUEM GOSTA DE OFICINA É MECÂNICO

Imagem pública do picasaweb.google.com


Se há uma coisa que não gosto é ter que me haver, sozinha, com problema no carro.

Cheguei agora de viagem e amanhã de manhã não terei como escapar de agendar horário na oficina! 

Consegui postergar meu encontro com o mecânico por quatro dias, que foi exatamente a quantidade de dias que fiquei fora de casa (viajei de ônibus).

Sabe... há coisas que definitivamente são masculinas, como se entender com um mecânico de carro. Acho que nem ele gosta de ter que explicar o que está acontecendo para uma mulher. Acho que dependendo da índole do mecânico, ele até goste: como não vamos entender mesmo, é melhor falar bem difícil para a conta ficar bem difícil também.

Explicar para mim é quase perda de tempo. Mas escuto, paciente, como se estivesse entendendo tudo,  para tentar lembrar mais tarde por quais serviços o carro já passou. Só que invariavelmente esqueço e tenho que recorrer às notas de serviço. Ainda bem que as guardo.

“Meu” mecânico atual é muito querido, muito atencioso e muito honesto comigo, há bons anos. Mas mesmo assim, acho difícil ter que resolver coisas que além de não entender, achar que é assunto para homem. Quando estava com namorado, ainda dividia o problema. Ia junto, mas quem batia um papo com o mecânico era ele.

Para um homem me conquistar, já é um bom caminho andado se ele se interessar por assuntos relacionados a carro, quanto mais o meu (hehe).

Meu pai tentou entender o que aconteceu com o carro, e até palpitou que pode ser gasolina adulterada. Aqui em Londrina, é muito comum. E olha que só coloco aditivada e em posto decente e com bandeira! Explicou-me o que acontece dentro do motor, quando a gasolina é “batizada”. Mas pergunte-me o que eu aprendi? Nem vou responder (hehe).

E ainda tem mulher que acha que tudo o que um homem faz, nós mulheres também temos que fazer. Abaixo as feministas!

Sou feminina, e não acho que somos iguais aos homens. Para começar, nossa constituição física é muito diferente. Nossos gostos, desejos, jeitos e atitudes também. 

Brincamos de boneca na infância,  quando os meninos brincam com carrinhos. Adoro essa distinção.

Penso que somos tão capazes quanto os homens, em tudo quanto é área, mas somos diferentes!

Explique-me como se faz para combinar uma saia, com uma blusa e meia dúzia de acessórios, e eu guardarei para o resto da vida. Explique-me qual o princípio de funcionamento de um  motor de um carro, e dali meia hora já não lembro mais nada. É assim, e sou feliz assim!

Acho que feminista tem problema com os homens, mas para mim, eles  são, em boa parte das vezes, quando não o complemento, a solução. Neste meu caso, um complemento e uma solução.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL!

Nosso amoroso amigo!

Comemorar o Natal é comemorar a vinda do Espírito mais perfeito que viveu entre nós, no corpo de homem – Jesus Cristo.

É alegrarmo-nos pelo grande presente que Ele nos trouxe:  a receita de como ter Paz e, como consequência, ser Feliz.

É comemorar o caminho que Ele nos mostrou para alcançarmos o Reino de Deus, reino este que está dentro de nós.

É comemorar a possibilidade que temos de ser a imagem e semelhança de Seu Pai, em amor.

Jesus veio nos ensinar a abandonar os preconceitos e a vivenciar os sentimentos mais puros que temos, instalados de fábrica, em cada um de nós. A nos amarmos como irmãos, sendo Ele mesmo o exemplo de irmão amoroso.

Veio nos incentivar a sermos indulgentes conosco e para com o próximo, perdoando-nos uns aos outros, com o coração.

Ele veio nos dizer que tudo o que amealhamos de espiritual, acrescenta na vida do nosso próximo e mais ainda na nossa própria evolução a caminho do Pai.

Veio nos convidar a fazermos a nossa reforma íntima, lembrando-nos sempre do nosso livre-arbítrio para fazermos nossas escolhas. E, muito caridoso, sempre lembrou-nos que mesmo que escolhamos errado, Seu Pai é tão misericordioso que ainda nos dará outra chance de tentarmos novamente.

Jesus Cristo foi o modelo enviado por Deus, para nos mostrar que podemos. Não são muitas as vezes, no nosso dia-a-dia, que nos solicitam um trabalho e ainda nos mostram em detalhes, como fazê-lo. Deus facilitou a nossa caminhada, com um exemplo completo e permanente - seu Filho.

O Cristo sempre aquieta nosso coração apertado, quando humildemente dividimos com Ele, em prece,  as nossas angústias. E se alegra conosco quando lhe agradecemos por estar ao nosso lado e quando agradecemos ao Pai por tudo que Ele nos concedeu viver: nossa família, nossos amigos, nosso trabalho e até nossos tropeços e falhas, que sem eles não melhoraríamos.

Se para encontrar-se com Deus há várias maneiras, desde uma prece até o simples admirar uma flor, para encontrar-se com Jesus basta amar o que Deus, Seu pai, criou. Deus nos deu o universo e Jesus nos ensinou como cuidar dele.

Então, nesta época do ano, aquietemos nosso coração e com o espírito elevado a Deus, lembremo-nos do que realmente estamos comemorando: Jesus Cristo. Seguramente ficaremos em Paz.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

TU ÉS RESPONSÁVEL

 "O Pequeno Príncipe" e a raposa


Gosto muito da frase “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, de “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry.  

Como na época do Natal há uma vibração positiva muito forte no planeta, é uma época de reforçar amizades e fazer as pazes com os desafetos, resolver  as diferenças e se tornar piegas mesmo (ainda bem), resolvi postar o trecho do livro, que dá origem e sentido à frase acima.

“E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem - Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços".
- Criar laços?

domingo, 18 de dezembro de 2011

UMA LIÇÃO A APRENDER

Imagem pública do https://picasaweb.google.com

Hoje participei, como voluntária, de um Almoço Fraterno que ocorre todo final de ano, perto e por causa do Natal, numa casa-lar espírita da cidade – a Casa do Caminho.

Neste evento, praticamente tudo o que é ofertado vem de doação, a prestação dos serviços é feita por voluntários e a maioria dos beneficiados é formada por moradores de rua.

São oferecidos banhos, roupas e sapatos usados e limpos, corte de cabelo, manicure, café da manhã, almoço, distribuição de roupas e brinquedos para as crianças, além de música para alegrar a festa e a alma. Tudo isso sem dinheiro de qualquer instituição governamental. É o Brasil solidário que os políticos não valorizam, nem sequer apoiam ou destinam verbas.

Ano passado participei da preparação da comida, e este ano ajudei a servir.

Contei tudo isso para dizer que uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a alegria de muito morador de rua, se comparada a muita gente que tem um lugar confortável na sociedade. O contentamento com tão pouco, em um só dia. Enquanto que muitos têm muito em muitos dias, e se encontram mais “perdidos” que muito morador de rua.

Dona Marta chegou maltrapilha e suja e com uma paciência enorme escolheu a sua roupa limpa para o pós-banho. Ajudei-a escolher a blusa – preta com xadrez branco e dois bolsos com detalhes em branco. Ela escolheu a calça e uma sapatilha combinando. Finalizando o look, ela prendeu o cabelo e colocou um boné. O conjunto ficou muito bom. E muito educada e comportadamente, quieta desceu para o ginásio de esportes e entrou na fila do café. Uma lição para nos mostrar que mesmo na adversidade da sua vida, ela não perdeu o prazer.

Tem tanta gente que quando ouve a palavra “prazer” a associa apenas ao sensual. Só que prazer é fundamental para quase tudo na vida. A palavra, segundo o dicionário, significa “s.m. Contentamento, alegria, jovialidade.”.

E assim aconteceu com o Maicon, com o Messias, com a Vanessa, com a Nicinha, tantos outros anônimos moradores de rua, que estavam ali numa descontração, sem vergonha alguma de conviver uns com os outros. Às vezes, quão difícil é conseguir reunir os nossos familiares, ou os colegas de trabalho, nas festas de final de ano! E essa gente que foi ao evento que a casa espírita proporcionou foi de coração aberto, sem muito questionamento (acho que nenhum), e se permitiu cortar o cabelo, pintar as unhas, e escolher um traje completo numa pilha de roupas usadas. E tem gente que ainda reclama que “não tem roupa para sair”, parada na frente do guarda-roupa cheio de roupas suas!

Não teve uma briga sequer, tudo transcorreu na maior civilidade. Uns aguardavam os outros nas filas que se faziam na barbearia improvisada, nas carteiras escolares se passando por mesinhas de manicures, e em todos os lugares que os esperavam.  Vimos respeito e educação ímpares: íamos servindo e sempre ouvíamos um Obrigado! , expressão que muito “normal” do nosso convívio desconhece.

Para mim, novamente este ano, tive uma lição do significado do Natal.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

"PEDI E OBTEREIS"

Lago Negro - Gramado - RS

Não é preciso uma religião para nos comunicarmos com  Deus. Um jeito de nos ligarmos a Ele é, por exemplo, através da prece. E não só a Ele, mas à Espiritualidade, como um todo, uma vez que Deus não é centralizador, e tem uma legião de espíritos de luz que O auxilia.

Prece é algo que é tão fácil de fazer!

Para orar não é preciso decorar palavras, nem ser prolixo. É preciso apenas se entregar, ser simples e verdadeiro, de todo o coração, em pensamento e/ou palavra.

A oração não precisa ser feita em um lugar específico; o templo está dentro da gente. Assim, qualquer lugar onde possamos nos sintonizar com Deus é lugar para a prece - dentro de casa, na rua, à beira de um lago, ou dentro do ônibus.

Nem precisa ser com hora marcada. Deus é tão misericordioso que está full-time disponível para nos ouvir, através de Jesus Cristo, do nosso anjo da guarda, dos amigos benfeitores que nos acompanham, por vezes incansavelmente.

Geralmente fazemos prece quando estamos necessitados de algo, segundo a nossa visão, os nossos desejos. E ficamos esperando uma resposta segundo o que pedimos. Acho até que chegamos com o problema e a solução juntos, para Deus apenas assinar embaixo. Esquecemo-nos que Ele sabe o que é melhor para a nossa caminhada aqui na Terra, que Ele sabe se merecemos ou não e que enxergamos apenas o presente e Ele enxerga toda a nossa evolução. Sem contar que Ele nos deu o livre-arbítrio e nem  sempre as nossas escolhas são acertadas. E a gente depois quer que Ele acerte por nós.

E tem vezes que a gente tem a coragem de querer barganhar com Deus: “eu fiz isso e aquilo de bom, então mereço tal benefício em troca.” Como a estória da criança pedindo presente para Papai Noel: “fui um bom menino/menina, me comportei bem o ano todo, então mereço ganhar uma Caloi.”

É preciso, no entanto, lembrar da máxima “Ajuda-te a ti mesmo, que o Céu te ajudará”. É preciso fazer a nossa parte aqui, para pedir alguma coisa de lá. Penso que é necessário trabalhar no nosso aperfeiçoamento moral, que o resto será acrescentado, e a oração será uma forma de agradecimento. É como a lógica de um trabalho: só recebe a remuneração quem trabalhou. Você dirá: "tem gente que recebe sem trabalhar". Mas daí, já nem é da nossa conta. Cada um deverá prestar conta de si mesmo. Não é à toa que nos chamamos “indivíduos”.

Orar é uma forma de falar com Deus. Pena que a gente se lembre, na maioria das vezes,  de bater um papo com Ele quando no sofrimento. Acredito que Ele, Seu filho Jesus  e a Sua legião de colaboradores gostariam muito de nos ouvir agradecendo pelas coisas boas que acontecem na vida da gente. Amigo é para dividir alegrias e tristezas. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

COZINHA COMIGO

Detalhe de minha cozinha em 2006.

Casal que cozinha junto cria cumplicidade.

Não é garantia que a relação vá durar para sempre. Aliás, garantia a gente só tem de uma coisa: que vai se despedir desse planeta, na nossa hora, que de “nossa” não tem nada, porque a gente desconhece qual é.

Mas, voltando pra cozinha... É muito gostoso cozinhar junto. Um cortando os temperos, o outro selando a carne, um procurando a panela certa, o outro achando a tampa, ela lavando a louça e ele a abraçando por detrás (hummm... por isso nem sempre o jantar sai no horário... dispenso horários).

A gente aprende os gostos do companheiro. Ou ensina algo a mais, ou tudo a mais, quando um dos dois é marinheiro de primeira viagem no fogão. E se os dois nada sabem, tem um monte de gente ensinando cozinhar na internet. Se errarmos, pedimos uma pizza.  Pensando bem, errar juntos é tão bom quanto acertar juntos. É sinal de compartilhamento, que é um dos ingredientes que deve compor uma relação.

Tem algumas coisinhas que, confesso, não gosto na minha cozinha, nem sozinha, nem juntos. Por exemplo: fritar peixe. Já tive a dura experiência de ficar uma semana com o apartamento cheirando, mesmo depois de tudo quanto é recurso para tirar o cheiro... de bacia com vinagre e água a ter que dormir com todo o apartamento aberto. Fora que é de perder o clima.

Depois sentar para comer juntos, com um vaso de flor na mesa, como um cúmplice da produção feita com amor.  Ou mesmo como cúmplice da falta de jeito na cozinha, perante uma pizza no centro da mesa.

E daí conversar sobre o que poderia ser acrescentado no prato, ou diminuído, ou simplesmente olhar um para o outro e dizer: “Parabéns, você já pode casar!” E cair de rir.

Cozinhar é uma arte, que deve ser feita com amor. Uma comida feita com rancor, com tristeza, com mágoa, nunca dá certo. Se é um bolo, não vai crescer; se é uma massa, ficará sem sal, ou salgada demais; se é um doce queimará no fundo; se é uma calda não vai dar ponto.  Acho que por isso que combina tanto com um relacionamento.

Se você está com broncas do seu parceiro, não vá para a cozinha com ele. A não ser que você esteja a fim de tentar as pazes. Daí, realmente, convide-o para lhe ajudar a fazer um prato que ele goste. Mas, de antemão, escolha algo que ficará assando. Se ele lhe perdoar, vocês terão tempo para o que vier depois. Se ele não lhe perdoar, hummmm... acho que vai queimar. (hehe)

Cozinhar tem dessas coisas... é uma imprevisão, como é o amor.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

UM LUGAR PARA SER FELIZ

Violetas da minha casa

Tem coisas que a gente não confessa nem pra gente mesmo, quanto mais para os outros. E outras, que a gente só faz na companhia da gente mesmo, e ainda olha pros lados. O que eu acho que de nada adianta, uma vez que, no mínimo, o nosso anjo da guarda também está assistindo. (hehe).

Estou dizendo isso porque depois do almoço comi o restante de uma sobremesa maravilhosa que trouxe da casa da amiga de Apucarana. E, contarei só para você: acabei lambendo o pratinho.

Vai me dizer que você NUNCA fez isso? Eu NUNCA (na frente dos outros).

Questão de educação, é claro, mas questão de saber que a casa da gente é o MELHOR LUGAR do mundo.

É onde a gente pode destampar um iogurte e também lamber a tampinha, antes de jogar fora. Onde pode raspar com o dedo o fundo de uma panela de doce, ou o fundo da latinha de leite condensado. Sem pudores.

Onde a gente pode andar nua ou só de calcinha. E é muito bom! Pena que tenha que fechar as janelas antes, porque o prédio vizinho não precisa assistir o drama ou a comédia (hehe).

E olhar-se no espelho e dizer pra si mesma: “Você ainda está precisando de mais uns quilômetros de caminhada, heim?"   

Treinar respostas pra dar, e relembrar para não esquecer. Só em casa dá certo isso. Na hora de falar, nunca sai do jeito que a gente treinou.  Ainda mais se o oponente for quem a gente ama. Na hora, a sua presença desarma a bomba. Ou a detonamos de vez, mas não pelo pavio principal.

Na nossa casa podemos dizer em voz alta, de novo na frente do espelho: “Puxa! Você caprichou, heim, Maricota? Se hoje ele não lhe pedir em namoro, desista!!!”

E, derramar um oceano de lágrimas, jogada na cama, e cobrando de Deus “Por que comigo?”, como se Deus tivesse que dar satisfação, ou tivesse dando conta só da vida da gente.

Falar sozinha, dando bronca em si mesma, ou lembrar, em voz alta, do que fulano falou e que a gente ficou fula da vida. E treinar resposta, novamente: “Ele vai ouvir.... vou falar poucas e boas....” E daí a raiva passa.

É dentro da casa da gente que está o melhor banheiro. Se estivemos viajando e nossos horários de ir ao banheiro (você sabe do que estou falando) ficaram prejudicados, é só chegar em casa que tudo volta a funcionar normalmente. Sequer precisaremos de um laxante.

É em casa que está a melhor cama do mundo. A cama do hotel 1000 estrelas de Nova Iorque não é páreo para a nossa, com nosso cheiro e com nosso travesseiro de tantos sonhos. Se não dormimos há dias em viagem, é só chegar em casa e se jogar na cama... a gente acorda 12 horas depois.

É o único lugar onde a gente pode falar o que quiser: “Estou na minha casa”. Se você, dentro de casa não puder falar isso pra qualquer pessoa, desculpe-me, mas você não tem lugar nessa casa. Só que penso que devamos lembrar que nossa casa está em outra “casa”, onde tentamos resgatar um monte de coisas com nossos irmãos de caminhada evolutiva. Só que na hora da confusão, é a última coisa que lembramos.

E assim, tantas coisas só conseguimos confessá-las dentro da casa da gente.

Para finalizar, transcrevo abaixo um poema que copiei de um painel bordado, da Casa Enxaimel, que fica no jardim do Museu do Imigrante, em Joinville. O poema faz parte de um porta-retratos de minha casa, de tanto que gosto dele.

“O homem precisa de um lugarzinho,
Por menor que seja,
Do qual ele possa dizer:
Olhe, isto aqui é meu,
Aqui eu vivo, aqui eu amo,
Aqui eu descanso.
Aqui é minha pátria.
Aqui eu estou em casa.”

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

NÃO SEI COMO NÃO SOU BIBLIOTECÁRIA

Estante da Biblioteca do Colégio Rosa Delúcia Calsavara - Cambira - PR


Comecei a estudar com seis anos de idade, direto no primeiro ano. Não tive maternal, nem jardim da infância, nem pré.  

Tinha uma vontade enorme de entrar na escola, e lembro-me de que no primeiro dia fui de guarda-pó branco, com uma mala escolar enorme.  Minha mãe me levou até um pedaço do caminho - morávamos numa cidade minúscula - e dali eu seguiria sozinha. Voltei para trás, chorei um monte, e meu pai até tirou fotografia (não tem como esconder isso). Depois acabei indo e na volta já não vinha sozinha, vinha com a professora (Dona Helena, uma japonesa).

Aprendi logo a ler, até porque meus pais há muito compravam livros de histórias infantis, boa parte pequenos livros com capa dura. Todos adquiridos de um livreiro que vendia de porta em porta. Eu nem imaginava que poderia existir uma loja que vendesse livros. E eu os adorava. Lembro-me até hoje de uma coleção que veio dentro de uma casinha. Ficava encantada com o invólucro e com os contos. Há outros dois livros que me lembro bem: “O Gato de Botas” e o de “Boas Maneiras” (este da minha irmã) que era narrado por um elefante.

Éramos de família pobre, mas sempre tivemos em casa pelo menos um dicionário, uma pequena enciclopédia, revistas “Seleções”, uma lousa (que é o mesmo que um quadro negro ou verde), caixas de giz e canetinhas coloridas. Sempre! Entrava ano, passava ano, e eram renovados esses objetos, quando eles ficavam velhos ou ultrapassados.

Deve ser por isso que gosto tanto das palavras, dos livros (tenho um verdadeiro amor por eles), de canetas coloridas (hoje tintas à óleo para as minhas telas), e mesmo agora guardo uma caixa de lápis de cor aquarelável (com 48!), que nem uso, mas gosto de tê-la dentro de casa. Deve ser porque tenho lembranças boas de todas as escolas pelas quais passei, embora sendo muitas porque a profissão do meu pai fazia com que mudássemos com certa frequência de cidade.

Semana passada fui a Biblioteca Pública, para conhecer (não conhecia o prédio atual),  e ver se tinha espaço reservado para se estudar com um grupo pequeno.

Amei sentir novamente o cheiro dos livros todos juntos (nem sei como não me tornei Bibliotecária).  E na hora lembrei-me de um amigo com o qual discuti sobre a continuidade dos livros em papel, com a popularização dos digitais e dos meios para lê-los. E acho que tenho uma decisão tomada: continuarei fiel ao papel.

Neste momento tenho vários livros baixados da internet no meu computador. Confesso: sinto-me sem intimidade com eles, embora goste de tê-los lá! Assim como prefiro o contato pessoal ao virtual, onde eu possa ter o olho no olho, prefiro o papel onde posso eternizar parágrafos com um marca-texto, para depois reler só aquele pedaço. Ou mesmo para dormir abraçada a ele, quando vou ler no sofá. E se o livro não for meu, e eu gostar demais, não tenha dúvida: adquiro-o para ter a sua companhia.

Nos livros eu me enxergo, eu me encontro comigo e com os outros iguais ou diferentes. É como se fosse buscar um cúmplice.

Será que sou carente? Acho que sim, mas não tenho vergonha de dizer. (hehe)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A VIDA É MUITO CURTA


"A VIDA É MUITO CURTA PARA EJETAR O PENDRIVE COM SEGURANÇA."


Anotei ontem esta frase, dita pelo marido de uma das minhas mais queridas amigas, de Apucarana, em meio a muito riso. De autoria desconhecida, se eu tivesse um caminhão, seria uma frase candidata ao para-choque. (hehe)

Como não tenho, trouxe  para esta postagem, porque achei-a profunda  e sábia (hehe).

Não precisa dizer que em se tratando de pendrive, o recomendado é ejetar com segurança, mas em se tratando da possibilidade da vivência de um encantamento amoroso, que era o papo onde a frase entrou, tem cabimento. 

Quero saber quem dá conta das coisas do coração? Nem uma legião de Analistas.

Quem sabe o que se passa na cabeça de um homem? Quem sabe o que se passa na cabeça de uma mulher, quando ambos estão se interessando um pelo outro? E pior... o que toma de assalto o pensamento?

Será que uma alternativa para tentar entender é ler um livro de um escritor que fala de uma forma até visceral sobre os relacionamentos (e sobre os pensamentos masculinos) e ler depois um livro de uma escritora que fala abertamente sobre nossas coisas de mulher? Hummm... Não foi à toa que ganhei o que pedi de aniversário: “Mulher Perdigueira” do Fabrício Carpinejar e “Feliz Por Nada” da Martha Medeiros. Talvez Freud explique as minhas escolhas!

Elegi ler o Carpinejar, por primeiro. E lá numa das primeiras crônicas encontro:

No amor, em algum momento, você terá que ser ingênuo e acreditar. Terá que largar uma vida, refazer sua vida.”

E ele continua depois:

“A ingenuidade é um poder terapêutico. Nada pode ser mais traumático e mais libertador dos costumes. É um instante definitivo e raro no relacionamento. Quando confiamos que será diferente, que somos eleitos por uma constelação de símbolos e casualidades, quando desistimos das armas e das reservas para nos apresentarmos absolutamente disponíveis e vulneráveis.
................
Pena que a ingenuidade tem que acabar mal. Caso contrário, não é ingenuidade, é sabedoria.”

Puxa... Não é o mesmo que ejetar o pendrive sem segurança?

Lembrei-me que dias atrás, não sei exatamente qual, numa das poucas vezes que assisti “Aquele Beijo”, novela do Falabella, em determinado ponto ele entrou comentando a cena e dizendo sobre a coragem e o medo. Disse, mais ou menos assim: que a coragem não é a ausência do medo; é o resultado de não ter medo de ter medo. Que o medo é salutar.  Hummmm...  não é o mesmo que de vez em quando  arriscar tirar o pendrive sem segurança?

E pra completar, numa palestra que fui sábado, sobre “Caridade”, lá pelas tantas a palestrante falou que a caridade não é somente para com o outro, mas também para conosco mesmo, na medida em que conseguirmos perceber as nossas faltas (ela chama de “sombras”) e , não ter medo de retirar as nossas “máscaras”, que acabam escondendo as virtudes que nos levam ao bem que já vem originalmente instalado na gente.

A vida não é mesmo realmente "muito curta para ejetar o pendrive com segurança”?

Detalhe da decoração de Natal do Shopping de Apucarana

sábado, 10 de dezembro de 2011

PARABÉNS, MINHA AMADA!

Londrina em 19.02.1935 - foto J. Juliani - acervo do Museu Pe. Carlos Weiss


Hoje é aniversário de Londrina – a filha de Londres.

Se Londres é cinza e fria, sua filha é vermelha e quente.

Sou maringaense de nascimento, mas londrinense de coração. Por opção, por amor incondicional a esta cidade. Quando morava em Curitiba e vinha para cá, de lá de cima do avião eu sempre declarava, antes de aterrissar:  "- Como eu amo esta cidade!”.

Amo o seu cheiro, amo o seu sol constante, amo o sorriso gratuito dos seus habitantes, amo o fato das pessoas se olharem nos olhos, amo o sotaque interiorano e carregado da palavra “amoooorrrrrr”, amo a claridade depois da chuva, amo poder ver o horizonte. 

E amo a vitamina do japonês da Sergipe, a esfiha do Kiberama, o suco Paixão do Meia-Lua 4, a comida do Dá Licença, o pão francês da Flumê, a carne na tábua do Gelobel, a panqueca do Pastel Mel, o Lago Igapó, o Museu Histórico (antiga estação ferroviária), ver as horas no relógio da Papelaria Central, e um monte de lugares que ainda nem conheci, mas sei que vou amar, porque vou de coração aberto para.

Londrina é cheia de problemas, mas é cheia de gente muito boa, de um calor humano sem par. Também pudera: na década de 30 abriu os braços para desbravadores de todos os cantos do mundo e do país. E quem chegou aqui, chegou para crescer, para vencer, com uma garra que não mediu esforços em abrir caminhos na mata virgem e ir se ajudando uns aos outros, numa terra vermelha que grudava nos pés. Acho que é por isso que gosto daqui. A terra grudou nos meus sapatos.

Nossa cidade faz 77 anos. Uma moça se comparada, por exemplo, à capital paranaense que tem 318.

Ontem fiz algumas fotos da mais recente parte da reforma do calçadão que ficou pronta. Não havia gostado dos trechos anteriores, mas do que ficou pronto agora, gostei muito. Com paisagismo e  com gente já sentada nos bancos espalhados por todos os lados. Chamou-me a atenção a quantidade e a variedade de flores, inclusive um campo de cravinas. São poucos os lugares onde as vemos. Sou do lema de que “quem ama, cuida”. Espero que o londrinense seja cuidadoso com o embelezamento da sua caliente cidade, e conserve o presente que ela acabou de ganhar.

Feliz aniversário, minha amada, minha adorada Londrina!

Londrina em 09.12.2011 - parte do calçadão reformado

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

MENOS É MAIS

Lembrança de Joinville - SC


Uma das coisas que intensifiquei, de um ano pra cá, é o “menos é mais” nas coisas materiais (até rimou).

No ano passado já fiz uma limpeza mais radical, por conta da minha mudança de apartamento, em tudo que me era supérfluo ou que não usava há tempos. E isso sem contar que sempre tive o lema: comprei ou ganhei uma roupa nova, por exemplo, vejo o que tem para ser doado no guarda-roupa, em troca. No meu armário e cômoda sempre houve um movimento de  entra e sai danado.

Cheguei a um ponto que hoje em casa só tem praticamente o que uso. E coitados dos objetos que ainda  sobraram parados, esperando um lugar melhor para serem guardados (careço de mais armários). São poucos, mas estão na mira de mudarem de proprietário(a).  Seguramente na próxima inspeção haverá roupa, ou sapato, ou xícara, alguma coisa que não está tendo utilidade e será aproveitada por outra pessoa, ou outra família.

Dizem que o Feng-Shui é que tem uma explicação toda para a renovação de energia na medida que a gente adquire, mas também dá. Acho que acredito nisso, e vou mais além: parece que a organização de um armário faz uma organização na alma também.  Não sei se é pelo fato de vermos tudo limpo e arrumado, como que para começar tudo novamente. E  olha que não sou obsessiva por tudo muito arrumadinho, com cara de que mora ninguém na casa. Minha casa tem movimento, só isso. 

A cozinha tem falta de armários, mas os balcões deram conta do que atualmente preciso. Os balcões  são minhas testemunhas de que preciso de pouco pra ser feliz. Os armários aéreos do projeto já quase perderam sua função. Por isso que existe projeto: pra ser mudado, pra ser pensado. Quem dera de tudo na vida pudéssemos fazer projeto. Boa parte cai de paraquedas, sem ter lugar para guardar ou quando menos se espera, principalmente as coisas do coração.

A mesma coisa os armários do quarto. Chegarei ao êxtase quando precisar somente dos que mandarei  fazer nos nichos que os espera. Quando tudo o que tenho couber nos dois. Os sapatos só que serão problema, embora já não os tenha comprado mais (estou sobrevivendo à abstinência). Já tenho os necessários pra anos a fio, até para estrear. E depois que um amigo me contou que os homens não dão muita importância para o  sapato da mulher, fez-me repensar. Não que eu compre sapatos pensando neles, mas também. A gente sempre imagina se o companheiro vai gostar do look, com aquele sapato. Depois do que ouvi, já mudei um pouco o olhar que eu tinha para a minha pequena “loja” de sapatos. Ainda bem!

E assim vão com as roupas de cama, que antes inúmeras e de cores mil, agora somente o necessário. As roupas de banho idem, as calças jeans, as panelas, as bolsas,os móveis,  inclusive o computador, que” arrisco” ficar apenas com um. Só não dispensei os inúmeros objetos de viagem, de lembranças boas, de significados só meus, que estão todos à vista, em cada cômodo, e cujo valor sentimental  me justificam a sua manutenção.

A gente precisa muito pouco do material para ser feliz. Precisa, e muito, é do espiritual, que, no caminho contrário “mais é mais”. Mas isso fica pra outra postagem.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

UM DIA APÓS O OUTRO

Uma das entradas da Rua 24 Horas. Detalhe: relógio do Sol. Curitiba - PR


Dia confuso... Tudo deu certo, mas foi meio confuso.

Retorno de viagem não é fácil, até reentrar na rotina, e ainda mais somado a sentimento ruim por desentendimento com minha irmã.

Nada como um bom banho e uma noite de sono pra colocar os sentimentos um pouco em ordem; mas ainda foram insuficientes.

Se convivência em família fosse fácil, acho que moraríamos no "Paraíso", ao invés de na Terra. E não teria sentido tanta coisa como, por exemplo, a reencarnação. Nascemos ou somos conduzidos de alguma forma a uma família de resgate (de prova ou de expiação). Sinceramente não sei em qual dos resgates estou, mas sei que estou.

Somos todos pai, mãe, irmãos, reunidos há talvez milênios, e ainda com uma dificuldade imensa de relacionamento. Digo por mim: acho que ainda terei muitas vidas a cumprir com os meus entes queridos pra nos acertarmos. Um pouco tenho tentado fazer aqui, mas não sei não, vão sobrar coisas para resolver na próxima. Só não saberei em que ordem eu virei: se pai, se mãe, se irmã, ou se avó, ou se avô, ou sei lá. A gente sabe tão pouco das coisas, não é mesmo?

Uma das coisas que me  “salvaram” o dia foi poder buscar meu notebook, que estava sendo atualizado por um amigo, enquanto eu em viagem. Deu tudo certo, o papo foi ótimo e o note ficou muuuuuito rápido. Esse meu amigo é um novo amigo de profissão e de espiritualidade. Vai me emprestar o romance espírita “Insensatos Corações”, que ele está terminando de ler . Agora com o note em mãos, e enquanto escrevo esta postagem, fui ao Google para ler um pouco mais sobre o livro e encontrei: “um grupo de pessoas interligadas em várias reencarnações, entrelaçadas pelo destino, vivenciando o amor, a paixão, o ódio, a traição, a vingança e o perdão. Era para mim mesma!!!

Outra coisa que me “salvou” o dia foi pegar a minha mais recente tela que estava para ser emoldurada, também enquanto eu em viagem. Ficou linda! Foram 6 meses de trabalho que valeram muito a pena e a paciência. Dizem que a gente valoriza o que demorou para ser conquistado ou criado, e foi bem assim. Mas não sou mazoquista e por isso acho também que é muito bom quando as coisas acontecem sem muito esforço. Eu dou o mesmo valor.

Pra terminar, ouvi o CD de trilha sonora do "Momento Espírita – volume 10", que comprei em Curitiba, que encerrou o meu dia ensimesmado e que fecha esta postagem, com a faixa 2 – “O Poder do Afeto", que é belíssima e que coloquei no player ao lado. 


Se você quiser ler a mensagem relativa à musica, basta clicar neste linkO Poder do Afeto.

domingo, 4 de dezembro de 2011

SAUDAÇÕES CORINTHIANAS

Imagem pública do https://picasaweb.google.com/

Contra todos os desejos palmeirenses, santistas e são-paulinos, somos Campeões.

Vocês vão ter que nos aguentar (hehe).

Embora tenhamos amanhecido com a despedida deste plano de um corinthiano de coração e de camisa, o Doutor Magrão seguramente deve estar do lado de lá festejando com os irmãos do time que está "eternamente dentro dos nossos corações."

Coloquei no player ao lado, o hino do Corinthians, em ritmo de samba, cantado pela Gaviões da Fiel.

"Salve o Corinthians, campeão dos campeões."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

HUUMMM.... ESTOU ENTENDENDO...

Imagem pública do https://picasaweb.google.com/

O mundo está em crise financeira, e direta ou indiretamente somos atingidos por ela. Do lado de cá, de manhã, estamos de olho no mercado financeiro que está fechando na Europa. A Europa, na manhã seguinte está de olho no mercado financeiro que está fechando do lado de cá. Estamos todos globalizados.

Só que tem algumas coisas que não consigo entender. Ou melhor, acho que estou começando a entender, embora não saiba onde vamos chegar!

O último bordão da presidente Dilma é de que precisamos continuar gastando. 

Bom... na minha modesta economia, aprendida com meus pais, uma das lições é de que em “tempos de vacas magras” a receita é economizar. Ou, como nos tempos da “cigarra e da formiga”, é preciso trabalhar no verão para comer no inverno. O mundo está se afundando em dívidas, em prenúncios de calote de países que nem sonhavam com isso, a inflação no Brasil está dando suas caras novamente, e a dirigente maior pedindo para que continuemos a gastar. Fiquei até pensando que se não sou eu que estou com conceitos antigos. Que no mundo moderno a contabilidade é outra. Contudo, pensei também no que os países da Europa ficam imaginando sobre a atitude do Brasil, incitando o consumismo em tempos de crise. Será que imaginam que somos ricos, e que a crise para nós deve ser outra “marolinha” como disse o Lula, da vez passada? Acho que devem é rir da gente. 

O ministro da Fazenda anunciou hoje a redução de IPI para a linha branca de eletrodomésticos (geladeiras, fogões, máquinas de lavar). Sintomático ser no mês de dezembro. Deve ser por causa do 13º salário, do Natal e porque a Dilma quer que gastemos.

Hoje, também, o Congresso anunciou bilhões de créditos para alguns ministérios do Governo (inclusive o do Carlos Lupi), e dentre os bilhões, 691 milhões vão para aumentar o programa Bolsa-Família. 

Está explicado! Tem dinheiro indo para a povo gastar. É só seguir a lógica: nós os contribuintes pagamos impostos, o governo os distribui em Bolsa-Família, e os beneficiários do programa podem comprar geladeira, máquina de lavar, e assim atendem ao pedido da Dilma.

E, falando nos  contribuintes que financiam o Bolsa-Família, hoje o Mauro Halfeld, no seu comentário no “CBN Dinheiro”, falou com todas as letras que  “na prática, nós temos que trabalhar mais e poupar cada vez mais” , diante do “cenário de incertezas na economia mundial”, e do cenário brasileiro que prevê que não teremos mais ganhos fáceis, nem em aplicações, nem em boas oportunidades, nem com aumento dos salários e nem no mercado de imóveis. Tempos difíceis para o Brasil de cá. Para o Brasil de lá, o da terra da fantasia (Brasília), o cenário deve ser outro, não é mesmo?

Ufa! Não estou doida seguindo os conselhos que aprendi de menina, em termos de economia doméstica. Respaldo-me no Mauro Halfeld.

Em tempo: a Comissão de Ética da Presidência, que é responsável por assessorar a Dilma, recomendou por decisão unânime dos seus membros, que o ministro Carlos Lupi seja exonerado do cargo, diante das evidências de corrupção e da falta de esclarecimentos, por parte do ministro. A Dilma disse que ele fica! Ela desmoralizou a Comissão, e ainda por cima mandou dinheiro para o Ministério do Lupi. Tempos difíceis mesmo!!!!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

"A VIDA É A ARTE DO ENCONTRO..."

Restaurante Strassberg - estrada da Warta - Londrina - PR

"... EMBORA HAJA TANTO DESENCONTRO PELA VIDA." (Vinícius de Moraes)

Para ver se conseguia terminar minha mais recente tela, ontem frequentei aula extra, na turma de terça à noite. Último dia das arteiras (porque artista só a professora),  dia de bolo e salgadinho. 

Tudo o que é ruim acaba (ainda bem!), mas o que é bom também (que pena!). Coisa que tenho aprendido é curtir ao máximo cada bom momento, cada lugar gostoso de frequentar, porque lá tem o dia do adeus. Seja porque nós nos despedimos, seja porque se despedem  da gente.

Ano que vem esse horário de aula deixará de existir, e eu que nem sou da turma fiquei pesarosa porque gosto das colegas. Todas somos quase da mesma geração, todas com muito bom-humor  e histórias muito boas pra contar. Principalmente histórias de amor, de encontros e desencontros. Sabe mulheres que têm os mesmos problemas, venturas e desventuras amorosas? 

Sempre foi um dia de muita risada, muita besteira séria, muito querer saber da outra o que faria no nosso lugar, e ainda pedir conselho para o único homem do pedaço (o moldureiro), para ter uma opinião masculina sobre a nossa cabeça complicada de mulher (admito!).  Pois essa turma era assim.  De gente que não tem vergonha de contar coisas pessoais, sejam de  acertos, sejam de pagamentos de micos, e depois ainda com a sensibilidade de rir de tudo isso. 

Sempre foi dia de sanduíche do Arnaldo’s, de pizza de calabresa, salgadinhos, e de todos sentados em volta da mesa maior de pintura pra comer primeiro e depois trabalhar com as tintas. Eu mesma avisava que se não tivesse sanduíche nem iria (hehe).

Agora cada uma vai se ajeitar nos outros horários disponíveis e já estou com saudades das minhas aulas esporádicas desse dia.  Fico imaginando elas! Anos no mesmo horário, e ontem a despedida. Até lembramos da célebre frase de “O Pequeno Príncipe”, de que “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que tu cativas”. 

Para fechar a aula, uma das colegas nos presenteou, a cada uma de nós, com um chaveiro, muito bonito e significativo, com a família José, Maria e Jesus-menino.

É... a gente não dá conta de tudo mesmo.


terça-feira, 29 de novembro de 2011

FESTA, FESTA E MAIS FESTA

Minha turminha de velas natalinas

Está aberta a temporada das festas. Oba!

Além do Natal e Ano Novo, os amigos e “inimigos” secretos, os encontros de  confraternização,  o bailinho  de final de ano, a última reunião das amigas, o meu aniversário. Ufa! Haja caminhada! 

Já que não gosto de academia (acho um tédio ficar passando de aparelho em aparelho num lugar fechado), caminho 5 dias na semana, religiosamente (quando São Pedro não atrapalha), 6 km por dia. Dei um upa pra emagrecer um quilo, tenho que perder mais dois, pra voltar ao que era antes, e chega o fim do ano. (hehe) Eu pergunto: alguém tem uma fórmula mágica pra comer de tudo nas festas e não engordar nem 1 grama? Se tiver um jeito, por favor, me avise que serei a primeira cobaia. Enquanto isso, pernas pra que te quero. Sim, porque prefiro aumentar alguns quilômetros de caminhada a dispensar uma festa, quanto mais as guloseimas.

E não tem como recusar os convites dos festejos de dezembro. Tem muita gente que nem liga pra Natal, Ano Novo, muito menos para as festas dos grupos que frequentam. Eu adoro! 

Arrumo minha casa para o Natal - árvore, enfeite nas portas, e com todos os objetos decorativos  substituídos por objetos natalinos, compro vestido novo para as ocasiões (já gosto de vestido, no final do ano é um motivo a mais), os presentes os compro bem antecipadamente (pra não ter que enfrentar a muvuca nas lojas), adquiro agenda nova, e preparo a lista dos meus desejos para o próximo ano. Já estou com quase tudo pronto, só falta colocar no papel as metas para 2012.  É incrível, mas fico “perdida” se não faço uma lista de coisas importantes com que quero me haver no ano que se aproxima. Não me basta tê-la na cabeça. Preciso exteriorizá-la, escrita em um lugar onde eu possa sempre acessá-la. É o meu compromisso comigo mesma. 

Houve anos que foram maravilhosos. Foi muito bom chegar em dezembro, olhar pra minha lista inicial e ter o que comemorar. Houve outros que não foram tão bons assim, mas tudo bem. Ainda tinha para onde olhar:  pra frente. Afinal, ano novo é mesmo para isso: para renovar nossas esperanças, para podermos tentar de novo, é a nossa nova chance. Nova lista!

A minha lista de desejos é secreta e sagrada. Mas vou abrir um dos desejos, que chego ao final do ano com uma alegria imensa em comemorar a sua realização: o aprimoramento da minha espiritualidade. Gosto tanto das palavras, mas não as tenho para expressar a minha enorme felicidade por ter começado a estudar o Espiritismo. Isso depois de anos frequentando e crendo nele, mas não tendo ainda o embasamento necessário, como em qualquer atividade que se queira desenvolver com um mínimo de qualidade. Só por esse sucesso classifico meu ano como maravilhoso. 

Tenho, assim, direito de comemorar bastante. Só nesta semana 3 encontros: amigo secreto da minha turma da academia de dança, final de ano do ateliê de pintura e final do primeiro ano do grupo de Estudo da Doutrina Espírita. 

Festas regadas a muito bem-querer, comida e Coca-Cola. Ainda bem que estou viciada - viciada em gente e em caminhada. É o que vai me salvar. (hehe)