quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

MENOS É MAIS

Lembrança de Joinville - SC


Uma das coisas que intensifiquei, de um ano pra cá, é o “menos é mais” nas coisas materiais (até rimou).

No ano passado já fiz uma limpeza mais radical, por conta da minha mudança de apartamento, em tudo que me era supérfluo ou que não usava há tempos. E isso sem contar que sempre tive o lema: comprei ou ganhei uma roupa nova, por exemplo, vejo o que tem para ser doado no guarda-roupa, em troca. No meu armário e cômoda sempre houve um movimento de  entra e sai danado.

Cheguei a um ponto que hoje em casa só tem praticamente o que uso. E coitados dos objetos que ainda  sobraram parados, esperando um lugar melhor para serem guardados (careço de mais armários). São poucos, mas estão na mira de mudarem de proprietário(a).  Seguramente na próxima inspeção haverá roupa, ou sapato, ou xícara, alguma coisa que não está tendo utilidade e será aproveitada por outra pessoa, ou outra família.

Dizem que o Feng-Shui é que tem uma explicação toda para a renovação de energia na medida que a gente adquire, mas também dá. Acho que acredito nisso, e vou mais além: parece que a organização de um armário faz uma organização na alma também.  Não sei se é pelo fato de vermos tudo limpo e arrumado, como que para começar tudo novamente. E  olha que não sou obsessiva por tudo muito arrumadinho, com cara de que mora ninguém na casa. Minha casa tem movimento, só isso. 

A cozinha tem falta de armários, mas os balcões deram conta do que atualmente preciso. Os balcões  são minhas testemunhas de que preciso de pouco pra ser feliz. Os armários aéreos do projeto já quase perderam sua função. Por isso que existe projeto: pra ser mudado, pra ser pensado. Quem dera de tudo na vida pudéssemos fazer projeto. Boa parte cai de paraquedas, sem ter lugar para guardar ou quando menos se espera, principalmente as coisas do coração.

A mesma coisa os armários do quarto. Chegarei ao êxtase quando precisar somente dos que mandarei  fazer nos nichos que os espera. Quando tudo o que tenho couber nos dois. Os sapatos só que serão problema, embora já não os tenha comprado mais (estou sobrevivendo à abstinência). Já tenho os necessários pra anos a fio, até para estrear. E depois que um amigo me contou que os homens não dão muita importância para o  sapato da mulher, fez-me repensar. Não que eu compre sapatos pensando neles, mas também. A gente sempre imagina se o companheiro vai gostar do look, com aquele sapato. Depois do que ouvi, já mudei um pouco o olhar que eu tinha para a minha pequena “loja” de sapatos. Ainda bem!

E assim vão com as roupas de cama, que antes inúmeras e de cores mil, agora somente o necessário. As roupas de banho idem, as calças jeans, as panelas, as bolsas,os móveis,  inclusive o computador, que” arrisco” ficar apenas com um. Só não dispensei os inúmeros objetos de viagem, de lembranças boas, de significados só meus, que estão todos à vista, em cada cômodo, e cujo valor sentimental  me justificam a sua manutenção.

A gente precisa muito pouco do material para ser feliz. Precisa, e muito, é do espiritual, que, no caminho contrário “mais é mais”. Mas isso fica pra outra postagem.

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