sábado, 10 de dezembro de 2011

PARABÉNS, MINHA AMADA!

Londrina em 19.02.1935 - foto J. Juliani - acervo do Museu Pe. Carlos Weiss


Hoje é aniversário de Londrina – a filha de Londres.

Se Londres é cinza e fria, sua filha é vermelha e quente.

Sou maringaense de nascimento, mas londrinense de coração. Por opção, por amor incondicional a esta cidade. Quando morava em Curitiba e vinha para cá, de lá de cima do avião eu sempre declarava, antes de aterrissar:  "- Como eu amo esta cidade!”.

Amo o seu cheiro, amo o seu sol constante, amo o sorriso gratuito dos seus habitantes, amo o fato das pessoas se olharem nos olhos, amo o sotaque interiorano e carregado da palavra “amoooorrrrrr”, amo a claridade depois da chuva, amo poder ver o horizonte. 

E amo a vitamina do japonês da Sergipe, a esfiha do Kiberama, o suco Paixão do Meia-Lua 4, a comida do Dá Licença, o pão francês da Flumê, a carne na tábua do Gelobel, a panqueca do Pastel Mel, o Lago Igapó, o Museu Histórico (antiga estação ferroviária), ver as horas no relógio da Papelaria Central, e um monte de lugares que ainda nem conheci, mas sei que vou amar, porque vou de coração aberto para.

Londrina é cheia de problemas, mas é cheia de gente muito boa, de um calor humano sem par. Também pudera: na década de 30 abriu os braços para desbravadores de todos os cantos do mundo e do país. E quem chegou aqui, chegou para crescer, para vencer, com uma garra que não mediu esforços em abrir caminhos na mata virgem e ir se ajudando uns aos outros, numa terra vermelha que grudava nos pés. Acho que é por isso que gosto daqui. A terra grudou nos meus sapatos.

Nossa cidade faz 77 anos. Uma moça se comparada, por exemplo, à capital paranaense que tem 318.

Ontem fiz algumas fotos da mais recente parte da reforma do calçadão que ficou pronta. Não havia gostado dos trechos anteriores, mas do que ficou pronto agora, gostei muito. Com paisagismo e  com gente já sentada nos bancos espalhados por todos os lados. Chamou-me a atenção a quantidade e a variedade de flores, inclusive um campo de cravinas. São poucos os lugares onde as vemos. Sou do lema de que “quem ama, cuida”. Espero que o londrinense seja cuidadoso com o embelezamento da sua caliente cidade, e conserve o presente que ela acabou de ganhar.

Feliz aniversário, minha amada, minha adorada Londrina!

Londrina em 09.12.2011 - parte do calçadão reformado

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