segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A VIDA É MUITO CURTA


"A VIDA É MUITO CURTA PARA EJETAR O PENDRIVE COM SEGURANÇA."


Anotei ontem esta frase, dita pelo marido de uma das minhas mais queridas amigas, de Apucarana, em meio a muito riso. De autoria desconhecida, se eu tivesse um caminhão, seria uma frase candidata ao para-choque. (hehe)

Como não tenho, trouxe  para esta postagem, porque achei-a profunda  e sábia (hehe).

Não precisa dizer que em se tratando de pendrive, o recomendado é ejetar com segurança, mas em se tratando da possibilidade da vivência de um encantamento amoroso, que era o papo onde a frase entrou, tem cabimento. 

Quero saber quem dá conta das coisas do coração? Nem uma legião de Analistas.

Quem sabe o que se passa na cabeça de um homem? Quem sabe o que se passa na cabeça de uma mulher, quando ambos estão se interessando um pelo outro? E pior... o que toma de assalto o pensamento?

Será que uma alternativa para tentar entender é ler um livro de um escritor que fala de uma forma até visceral sobre os relacionamentos (e sobre os pensamentos masculinos) e ler depois um livro de uma escritora que fala abertamente sobre nossas coisas de mulher? Hummm... Não foi à toa que ganhei o que pedi de aniversário: “Mulher Perdigueira” do Fabrício Carpinejar e “Feliz Por Nada” da Martha Medeiros. Talvez Freud explique as minhas escolhas!

Elegi ler o Carpinejar, por primeiro. E lá numa das primeiras crônicas encontro:

No amor, em algum momento, você terá que ser ingênuo e acreditar. Terá que largar uma vida, refazer sua vida.”

E ele continua depois:

“A ingenuidade é um poder terapêutico. Nada pode ser mais traumático e mais libertador dos costumes. É um instante definitivo e raro no relacionamento. Quando confiamos que será diferente, que somos eleitos por uma constelação de símbolos e casualidades, quando desistimos das armas e das reservas para nos apresentarmos absolutamente disponíveis e vulneráveis.
................
Pena que a ingenuidade tem que acabar mal. Caso contrário, não é ingenuidade, é sabedoria.”

Puxa... Não é o mesmo que ejetar o pendrive sem segurança?

Lembrei-me que dias atrás, não sei exatamente qual, numa das poucas vezes que assisti “Aquele Beijo”, novela do Falabella, em determinado ponto ele entrou comentando a cena e dizendo sobre a coragem e o medo. Disse, mais ou menos assim: que a coragem não é a ausência do medo; é o resultado de não ter medo de ter medo. Que o medo é salutar.  Hummmm...  não é o mesmo que de vez em quando  arriscar tirar o pendrive sem segurança?

E pra completar, numa palestra que fui sábado, sobre “Caridade”, lá pelas tantas a palestrante falou que a caridade não é somente para com o outro, mas também para conosco mesmo, na medida em que conseguirmos perceber as nossas faltas (ela chama de “sombras”) e , não ter medo de retirar as nossas “máscaras”, que acabam escondendo as virtudes que nos levam ao bem que já vem originalmente instalado na gente.

A vida não é mesmo realmente "muito curta para ejetar o pendrive com segurança”?

Detalhe da decoração de Natal do Shopping de Apucarana

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