quinta-feira, 20 de outubro de 2011

VIAJAR É PRECISO

Museu Pe. Carlos Weiss - Londrina - PR
É muito cansativa a viagem de ônibus Londrina – Curitiba e vice-versa. No mínimo 6 horas!

Aliás, em minha opinião uma viagem que dura mais que 2 horas já é cansativa.

Dá tempo de tudo: de conversar, de dormir, de pensar na vida, então!  

Dá tempo de perdoar alguém que está no destino ou na origem da viagem, uma vez que não é possível que uma raiva dure tanto tempo assim.

Dá tempo de ouvir muitas vezes a mesma música no player, até enjoar.  Tem música que quero ouvi-la nesta mesma data, no ano que vem!

Dá tempo de pensar em muitas soluções para um problema, ou chegar à conclusão de que solucionado está, uma vez que não tem mais remédio.

Geralmente fico “preocupada” em relação a quem será meu companheiro(a) de viagem. É que se fosse uma viagem de avião, meia hora de vôo não faria tanta diferença. Mas 6 horas! Desta vez nem vi o tempo passar. O ocupante do banco do lado estava com um notebook e assistiu 2 filmes. Não precisa dizer que assisti também. E adorei os filmes.

Viajar tantas horas também é um exercício (de terapia) para suplantar a ansiedade. Fico imaginando uma pessoa ansiosa, sentada em um banco por 6 horas. Se for fumante, então, deve ser o inferno (ou o umbral) em terra.

Antigamente conseguia ler no ônibus. Hoje sinto-me um pouco enjoada. No máximo aproveito para fazer anotações no meu caderno de bolsa, de coisas que quero lembrar depois: um livro para comprar, um compromisso que quero cumprir, uma despesa que depois passo para minha planilha.

Outra coisa que adoro fazer, como forma de passar o tempo é prestar atenção à paisagem e principalmente às casas no meio do caminho. Fico imaginando como deve ser o dia-a-dia de uma mulher que vive em uma casa do lado do asfalto, longe da cidade, longe de vizinhos. Fico imaginando o que faz das horas do dia. Não dá pra falar que hoje como tem internet e TV a cabo, essa mulher estaria full-time conectada ao mundo. Boa parte dessas casas, mal tem uma televisão. Logo, imagino que essas famílias de beira de estrada, tirando os problemas que elas sem dúvida devem ter, devem ser menos estressadas.  Penso que elas são  exemplo e um  exercício pra deixar um pouco mais simples a vida da gente.

A hora boa é a da chegada. Seja no destino, seja de volta. Como disse ontem, é muito bom partir, mas é muito bom chegar.

Hoje contei para uma amiga que fui muito bem de viagem, mas que estava cansada. De certa forma, quando fui dormir, ainda estava dentro do ônibus. O corpo da gente se acostuma com o movimento, e a viagem continua (hehe).

Da próxima talvez eu vá de avião. Daí vai ser outra história: sair mais cedo de casa, chegar uma hora antes no aeroporto, rezar para ter teto para pousar ou para levantar vôo. Sem dúvida alguma a viagem de meia hora custará pelo menos 2 horas.

Ah! Mas não tem problema: adoro poder fazer malas, poder matar a saudade da minha família, pra depois morrer de saudade de casa.

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