terça-feira, 4 de outubro de 2011

A PRIMEIRA VEZ

A primeira vez a gente nunca esquece.

O primeiro beijo, o primeiro emprego, o primeiro fora, a primeira transa, a primeira desilusão no que a gente estava de "corpo e alma", e agora a primeira postagem no blog.

Sempre quis escrever sobre minhas impressões acerca dos relacionamentos, dos acontecimentos do dia-a-dia, sejam eles no mundo, na política brasileira ou dentro do meu condomínio. Divulgar receitas que deram certo, principalmente aquelas fáceis e rápidas, sugerir livros e sites que gostei muito e contar experiências que deram certo e que deram errado. Agora tenho este local para registrar tudo isso e o chamei de "quintal".

Casa com quintal é tudo de bom. Dá pra ter cachorro, pé de manga, pé de limão, margaridas e rosas no jardim. Dá para pendurar roupa no varal para secar com o sol, dá para tomar banho de sol, dá para descarregar as energias andando descalço na terra. Dá para jogar conversa fora com os amigos, e dá para esfriar a cabeça quando a gente brigou dentro de casa. Só quem mora em apartamento compreende exatamente o que estou falando.

E como quintal é tudo de bom, vou abastecer o meu “quintal” com assuntos  sérios (porque os sérios norteiam a nossa vida), com coisas úteis, com coisas fúteis (que nem só de seriedade vive o homem) e principalmente com coisas que elevam a alma.

Para começar, convido-o a assistir ao vídeo da belíssima palestra que o André Trigueiro fez em Londrina, no dia 17/09/2011, no dia anterior ao abraço no Lago Igapó. O link está na guia Espiritismo e Filosofia, deste blog.

E, em determinada altura da palestra, o André colocou a seguinte opinião, com a qual concordo plenamente:

"Não acho que a gente deva fazer concessão à simpatia. Às vezes a gente entende que o brasileiro é muito cordato, muito cordial e cristão.
Então a gente tem uma imagem assim:

“- O que que é o bom cristão?
-  O bom cristão é aquele que nunca vai contrariar, nunca vai incomodar!
-  O bom cristão é aquele que sempre vai tratar, mas sempre com muuuuuita condescendência.”

Pode até ser, não quero dizer que não seja. Apenas eu reconheço no direito do bom cristão, por vezes, incomodar, contrariar, inquietar.

Porque tem muita coisa que não acontece no mundo cristão, e que deveria acontecer, se a gente entender que o Cristianismo é o caminho.

Se todos nós praticássemos “a vero” o cristianismo, seria uma revolução incomensurável.

Portanto, todos os dias a gente negocia com a consciência:

- “Ah! Não vou fazer isso não, que eu vou gerar incômodo!
-  Não vou falar isso não, que eu vou incomodar alguém!”

E vejam: talvez o que você tenha pra dizer ou fazer seja algo absolutamente cristão.

Então, com toda a franqueza: eu acho que faz parte da caminhada espiritual da gente, por vezes, ou bastante vezes, contrariar, gerar inquietação.
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Agora... Não é um mundo tranqüilo o mundo cristão... aqui.
Aqui, vai exigir renúncia, coragem, determinação, fé.
A gente precisa praticar isso, sabendo que não dá pra agradar todo mundo.
E aí vai gerar ruído, vai ser incompreendido, vai ser chamado de xiita.
Se você está preocupado com o que os outros dizem de você, não siga o Cristo.
Se você está preocupado com o que os outros vão achar de você, não dá bola pro Kardec."

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