sexta-feira, 14 de outubro de 2011

BILHETINHO DE AMOR


Ontem, quando terminava de arrumar as malas, resolvi pegar da estante um livro que comprara, mas não havia lido. Para começar a ler em Curitiba.

Dentro do livro havia uma pequena carta, dobrada, em um papel  especial, de um ex-namorado (namorido pelos anos que ficamos juntos), que além de uma declaração de amor, havia na parte superior da carta uma frase, frase esta escrita depois da carta pronta: “Estou com Saudades suas e gostaria que você soubesse...” Foi a primeira coisa que li.

Essa carta ele colocou junto às minhas coisas na mala,  em uma das minhas viagens que fiz a São Paulo, a trabalho. “Quando você encontrar este bilhetinho, acredito que você já esteja em São Paulo”.

Na ocasião, fez toda a diferença ter chegado lá, onde trabalhava muito no desenvolvimento de um sistema, e ter o bilhetinho comigo. Não estava sozinha.  Tinha levado meu amor comigo, não só em pensamento, mas em palavras.

Hoje, sexta-feira, queria falar mesmo um pouquinho sobre o amor.  O bilhete é o meu mote.

Acredito ser possível, mas não com o resultado esperado, fazer as coisas sem amor.  Com amor, a gente faz de tudo para que as coisas evoluam. E  se elas estiverem afundando, a gente faz de tudo para tirar a água do barco.

Quando  a gente está amando uma pessoa, um trabalho, uma idéia ou uma causa, o mundo muda de cor. Começamos a olhar mais atentamente não só para objeto do nosso amor, mas para nós mesmos.

Dizem que o amor é cego, mas eu não acredito. Acredito que ele possa ficar cego em alguns aspectos, quando está na fase apaixonada. Mas, depois, é realista. Sim, faz com que prestemos atenção a nós mesmos e ao objeto amado, com defeitos  e qualidades. Diríamos "Ele não é o homem dos meus sonhos, mas eu o amo." Ou então,  "Ele é o homem dos meus sonhos e eu o amo."  

O amor faz toda a diferença, em tudo.  Pode notar que quem menospreza os outros, quem desdenha, quem discrimina, quem critica por criticar, falta amor na vida dessa pessoa. Amor de qualquer forma.

Por isso, quando a gente está amando alguém, tem que se entregar. Tem que escrever bilhetes românticos, ter que ser careta, tem que ser bobo, tem que ser tudo o que quiser ser. Como diria Vinícius de Moraes: Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém.

Tudo nesta vida tem data e hora de começar e acabar. O que depois restam são as lembranças,  como os bilhetinhos,  e que nos dão ânimo para começar tudo de novo. Nada é em vão em nome do amor e tudo dura o que tem que durar.

 Adorei ter encontrado, de novo , o bilhetinho!

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