segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

BEM-VINDA, SENHORA ROTINA!

Relógios do saguão do Museu Pe. Carlos Weiss - Londrina - PR

Como é bom sair da rotina!

Mas... como é bom voltar à rotina!!!!

Engrenar o trabalho com hora marcada, retomar o trabalho voluntário, os exercícios regulares, a dança, e olha que ainda faltam atividades que estão em férias, mas em fevereiro retornam! Oba! Estava morrendo de saudades da rotina!

Hoje até mudei o CD do carro – coloquei Paul McCartney*, que queria ouvir há meses, mas quem diz que eu lembrava de pegar em casa? Mudei até os óculos, de tão animada que fiquei. Quero entrar na rotina normal de trocá-los todo dia (mania de quem odeia óculos e encontrou algum glamour para usá-los). E depois de quase dois meses, voltei a fazer bolo de milho verde. E que gostoso que ele ficou!

Bem-vinda, Senhora Rotina!

Assim como ela causa stress, a falta dela também. A gente precisa de uma ordem, uma organização para o dia. A nossa cabeça funciona melhor, mais logicamente, quando temos tarefas fixas no cotidiano. Daí conseguimos até distribuir o restante do tempo para as tarefas variáveis, tão igualmente importantes.

Pode notar que quando tiramos a ordem da nossa cabeça, a gente tem a impressão de que o dia passou e não conseguimos fazer nada, ou nem metade do que “planejamos”. E a ansiedade que dá depois?

Quando a gente fala em rotina, quase todo mundo torce o nariz, porque lembra “todo dia ela faz tudo sempre igual”, como na música do Chico Buarque. O problema é que muitas vezes falta é “apimentar” a rotina, daí ela não se torna pesada. Por exemplo, trabalho o dia todo, numa rotina igual ao dia de ontem, de anteontem, de ...., mas o que eu faço depois de cada dia desse? Coloco coisas prazerosas para fazer depois de um dia rotineiro na empresa?

Tem gente que fala que rotina é uma prisão. Pois eu acho que ela pode ser libertadora, quando a gente institui coisas no dia-a-dia que nos melhoram como pessoa -  física, mental e emocionalmente.

Quer ver? Uma atividade física “x” vezes por semana – vira rotina, mas rotina saudável. Uma atividade intelectual – um curso “y” vezes na semana – vira rotina, mas rotina que nos traz conhecimento. Uma atividade religiosa em algum dia fixo – é uma rotina, mas que nos permite nos ligarmos a Deus, a evoluirmos moralmente. E até os encontros com os amigos, pode virar rotina, e que é rotina boa!

O nosso corpo gosta e se acostuma com a rotina. O metabolismo funciona melhor. Pode notar que nas férias, tem o lado bom de não termos horário pra nada. Mas tem o seu preço: invariavelmente ganhamos quilinhos extras por conta de bagunçarmos os horários das refeições (o cérebro fica perdido), os horários de dormir e acordar ficam todos confusos, e quando voltamos a trabalhar, até o relógio interno voltar a funcionar direito leva um tempo. Daí, no primeiro dia de trabalho, parece que não tiramos férias (hehe).

Bom... até agora falei da rotina levando-se em conta algo de extrema importância: a priorização do que fazer dentro dessa rotina. As metas a serem atingidas pelo menos no dia. Porque senão, a rotina realmente é o inferno em vida.

Tenho uma amiga cuja grande reclamação era de que fazia muita coisa no dia, uma atrás da outra, e no final restava um monte de coisas começadas e não finalizadas. Era essa a sua rotina diária. Estressante, segundo ela mesma.

Só que, o que ela produz no dia reverte em pontos, e estes pontos mostram aos seus superiores como está sendo a produção dela na empresa.

Ela me pediu uma sugestão do que fazer e sugeri que ela, no começo do dia, ou ao final do anterior, pegasse todas as pendências e elegesse algumas delas para resolvê-las no dia, e dar conta dessas e somente dessas pendências. Ao final de alguns dias, todas as pendências estariam resolvidas.  E ela começou a fazer assim, e a notar que o trabalho fluiu e melhorou consideravelmente. Chegou a um ponto de ela mesma conseguir se enxergar em outra colega e orientá-la também. 

Mas o que de melhor ela teve de retorno, foi a quantidade de pontos que conseguiu atingir. Foi melhorar a forma de lidar com as tarefas rotineiras do seu dia-a-dia, que ela mesma nem tinha se dado conta de que já tinha ultrapassado a meta.

Logo, a rotina em si não é ruim. Tudo depende da forma como lidamos com ela.

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* (Tem música no player ao lado - Band On The Run - Paul McCartney - Música nº 8)

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