quinta-feira, 8 de março de 2012

TODO DIA É NOSSO DIA



Fonte: http://www.imagensporfavor.com

Dizem que quem manda no mundo são as mulheres, depois que elas foram para o mercado de trabalho.

Eu tenho uma teoria: nós sempre mandamos no mundo, mesmo antes de sairmos de casa. (hehe)
Antigamente a mulher, no mínimo, gerenciava a casa, resolvia problemas de família (a dela e a do marido), cuidava dos filhos, cuidava dos pais dela e dele, e na maioria das vezes até a destinação do dinheiro que o marido ganhava na empresa, era feita por ela. Sim, porque ela que sabia quanto deveria ir para o mercado, para a roupa e os estudos das crianças, para a empregada, para ela e para ele. Quem decidia quantos filhos o casal iria ter era ela, quem sabia onde estava tudo na casa, desde um garfo até uma cueca, era ela.  E ainda dizem que quando começamos a trabalhar fora, “ganhamos a liberdade”. Sempre a tivemos – quer mais liberdade do que decidir tudo numa casa?

Bem... aí fomos para o mercado de trabalho, primeiro timidamente ocupando cargos de secretária, vendedora de loja, e no máximo um cargo de supervisão. E mantendo o mesmo papel que exercíamos dentro de casa. Ou seja, acrescentamos mais tarefas à nossa vida.

E como conseguimos dar conta de fazer o serviço do lar mais o da empresa, fomos naturalmente galgando postos de chefia, de gerência, de diretoria e hoje grandes corporações têm mulheres como presidentes. E ainda mantendo o mesmo papel que exercíamos dentro de casa (lá antigamente), com alguns upgrades, como uma secretária para nos ajudar nos afazeres domésticos, e computadores para jogarmos as nossas contas nele e realizarmos tanto o controle quanto o pagamento via internet banking. Fora os celulares, os iPads, os iPods, e um aparato eletrônico que nos deixam conectadas à família, à casa e à empresa 24 horas por dia.

Somos subjetivas frente ao homem que é objetivo. Conseguimos ser literalmente multitarefa. Conseguimos enfrentar um problema usando a razão e a emoção ao mesmo tempo. Mas daí você vai dizer: no mundo corporativo a gente tem que ser mais racional do que passional. Depende: a gente lida com gente. E gente é os dois!

E além de dar conta da casa e da empresa, damos conta de nós mesmas, o que penso ser o mais difícil de tudo.

Se um homem me diz que não entende as mulheres, eu respondo: nem queira entender, porque nem nós nos entendemos também!  Nossos hormônios variam, no mínimo, 28 vezes no mês. Os hormônios são o combustível do corpo. Logo, em simples palavras: funcionamos de forma diferente 28 vezes no mês. Nossos hormônios influenciam no nosso humor, na nossa disposição, e no nosso feromônio sexual. Nunca seremos a mesma pessoa todos os dias! Como vamos nos entender se além de termos que ter uma visão da vida de 360 graus, o nosso corpo trabalha sem que possamos ter controle absoluto? É uma façanha um homem ousar entender uma mulher!


Nossa variação hormonal -
- fonte: www.gineco.com.br
E é por causa da nossa complexidade que não conseguimos ter um sapato rosa apenas. Temos que ter um rosa salmão, um rosa pink, um rosa bebê, um rosa claro, um rosa escuro, um fúcsia, cada qual em um material diferente – couro bovino, couro de cobra, raspa de couro, verniz, camurça, sintético, todos absolutamente necessários. Lembre-se: não somos iguais todos os dias!

Agora, todas nós temos algumas características que nos tornam ímpares e ao mesmo tempo iguais no mundo: temos uma capacidade grande de amar, de cuidar, de zelar pelas coisas e pelos outros, de perdoar, de ouvir (e de falar também), de arregaçarmos as mangas quando a água está batendo no bumbum dos que estão à nossa volta. Invariavelmente somos nós que vamos atrás de uma solução, quando a coisa aperta. Pode ver!

E sabe, assim nós assustamos os homens. Foi muito rápida a nossa saída de casa para o mundo. E demos conta muito rápido e com eficiência, diante de tanta tarefa que abarcamos ao mesmo tempo.  

E por tudo isso ganhamos um dia internacional: a data de hoje. 

Além de nós mesmas nos parabenizarmos, esperamos que os homens nos reconheçam e não tenham medo de nós. Falo a eles, por mim: queremos apenas ser vistas como mulheres - que têm desejos, que querem ser tratadas com amor, carinho, respeito, dignidade e acima de tudo, como companheiras de caminhada. Queremos ser competitivas, mas não competidoras com vocês, porque jamais seremos. Somos diferentes, pra começar pela constituição dos nossos músculos e pelos nossos hormônios. Somos diferentes e completamos vocês.

Comemoramos o nosso Dia Internacional, mas somos importantes em todos dias!

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