terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

Chapéu e raquete de tênis de Sir Arthur Thomas - desbravador de Londrina - Museu Histórico Pe. Carlos Weiss

Minha postagem de hoje é dedicada aos homens sensíveis. Aos homens que percebem que o mundo precisa da sua gentileza, e que há mulheres que os valorizam por isso. Digo por mim: agradeço por eles ainda existirem.

Almoçando no restaurante de uma amiga, na mesa ao meu lado havia um jovem casal. Ele o conheço da academia de dança, de algumas aulas que frequentou no ano passado. Chamou-me a atenção quando eles saíram e retornaram ao carro: ele abriu a porta do carro para ela entrar. Digno de ser filmado, uma vez que está difícil encontrar um homem mais velho fazendo isso, quanto mais um jovem! Bom... não é à toa que ele gosta de dançar, atividade que requer atitudes e gestos cavalheirescos como convidar a dama e conduzi-la.

Puxa, como é gostoso ver que essas virtudes ainda têm vez! Que ainda existem homens, como esse moço, que valorizam suas mulheres. Fiquei imaginando que um homem assim muito provavelmente a ajuda em casa, a elogia, a presenteia, e tem gosto de estar ao seu lado. Ainda vou perguntar a ele, numa oportunidade, com quem ele aprendeu a gentileza de abrir a porta do carro pra sua companheira, em tempos de pressa pra tudo? Deve ter sido com os pais, ou com os avós, ou com alguém que lhe mostrou o quanto é importante ser gentil. Não sei onde ouvi que “gentileza gera gentileza”. E é bem isso mesmo. Como não retribuir a uma pessoa assim? A um homem desses, eu estenderia um tapete vermelho! (hehe)

Domingo, assisti A Suprema Felicidade do Arnaldo Jabor. Confesso que esperava mais do filme, mas adorei ter assistido só porque é do Jabor. Um homem inteligente e sensível. Porém, impecável está a atuação do Marco Nanini, que faz um avô com uma alegria enorme pela vida. Que ensinou ao seu neto, como ser doce, e que fez a diferença na vida do menino.

“- Quem ama é capaz de ouvir estrelas”, falando ao seu neto de oito anos, ambos olhando o céu e as admirando. Fim da Guerra, tempo em que era normal os homens abrirem a porta do carro para suas mulheres. Acho que gostaria de ter vivido naquela época!

Mas, nem tudo está perdido, pois no mesmo domingo, conversando com uma amiga, ela me conta do café da manhã que ofereceu para o homem maravilhoso que conheceu, e que se não fossem as artimanhas e desencontros da vida (não cabe aqui eu relatá-los) estariam hoje juntos. Esse homem, após o café da manhã, dançou com ela, na sala de estar, ao som de uma música que para ela é significativa. Palavras de minha amiga: “Este homem me conquistou!”. Mas é pra conquistar mesmo! Cenas como essa, só em filme!

Nem tudo ainda está perdido, pois semana passada, noite dessas, um calor infernal, um querido amigo teve olhos para ver e comentar comigo no Messenger -  “a Lua compensa essa quentura”, e a Lua realmente estava maravilhosa! Fiquei pensando quantos homens naquela noite valorizaram o luar? Pois ele valorizou! E esse caro amigo, a cada despedida nossa, sempre me deseja bons fluidos com um "Fique na Paz!". E assim, é para ficar mesmo!

E cá tenho um recente amigo (ouso já chamá-lo de amigo, porque gostei muito dele), que além de ter uma alegria estampada no rosto e sensibilidade no que escreve,  teve a singeleza de me dizer “Ohh minha queridaaaa”, em uma frase de retorno a um e-mail meu. Pode parecer banal, mas pra mim não foi. Ainda mais hoje, que boa parte dos homens estão nos confundindo com as feministas (por culpa nossa mesmo), e acabam não nos enxergando como femininas. Ele soube diferenciar!

E, por fim, nem tudo está perdido mesmo, porque tenho uma amiga, casada há 22 anos, e que o marido ainda se preocupa em fazer surpresas, do tipo: fazer um prato que ela falou que estava com vontade de comer. E que a ajuda a limpar o apartamento, que prima por almoçar todos os dias juntos, e que depois a acompanha e fica na sua loja, com um olhar tão meigo para com ela, até dar o final do horário do almoço. Fora quando ele atende na loja, para ela ir à manicure, sem precisar pedir! Coisas que muitos casados há pouco tempo sequer fazem.

Não ficaria horas aqui falando desses homens, porque não os conheço aos montes. E acho até que há os que parecem não ser sensíveis, mas são. Estão quietinhos por culpa de suas próprias mulheres, que os podam ou podaram ou que não os reconheceram. É... por incrível que pareça, tem mulher que não retribui a sensibilidade do companheiro! Que pena!

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