quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

MEIA HORA PARA ELE

Imagem pública do picasaweb.google.com

O Evangelho no Lar é uma das práticas espíritas. É uma maneira simples e eficaz de nos melhorarmos, de nos instruirmos e de crescermos espiritual e moralmente.

Uma vez na semana, em uma determinada hora (e sempre nessa hora), paramos tudo que estamos fazendo, nos reunimos com a nossa família e nos dedicamos a ler um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, deixando livre para qualquer um dos presentes comentar esse trecho. E pode ser feito “sozinho” também!

Há algumas “regras” a serem seguidas, como, por exemplo, fazer uma prece inicial e uma final. Na inicial solicitamos auxílio da Espiritualidade para que nos ilumine os pensamentos naquele tempo dedicado a Deus, e principalmente a nós mesmos (os primeiros beneficiados). E, na prece final, agradecemos. Prece deve ser feita para pedir e para agradecer.

Quem inaugurou o Evangelho no Lar foi Jesus Cristo: quando uma ou mais pessoas estão reunidas em Seu nome, Ele está entre elas. Na realidade, Ele sempre está entre nós. No Evangelho no Lar a gente apenas reverencia essa presença, que é feita através dos nossos amigos protetores na Espiritualidade e de nosso anjo da guarda.

Leva-se tão pouco tempo (não mais que meia hora) para realizar essa prática, cuja vibração beneficiará a vida das pessoas da casa, da vizinhança, do bairro, e a quem nós a dedicarmos em pensamento. Isso sem contar a caridade que fazemos para como os irmãos que estão no mundo espiritual, e que vêm ter conosco para ouvir as palavras consoladoras do Cristo. 

Gastamos tempo com shopping, com televisão, com computador, com celular, com tanta coisa, que meia hora é tão pouco, para o muito que a gente tem de retorno: aproximamo-nos de Deus, trazemos bons fluidos para a nossa casa, estudamos a palavra do Cristo, nos munimos de forças para enfrentarmos o dia-a-dia tão estressante, propiciamos um momento para colocamos em evidência nossos sentimentos de caridade e fraternidade, e tornamos o mundo melhor (no mínimo o nosso).

Evangelho no Lar é muito, mas muito mais do que estou falando aqui. Meu objetivo é tão somente de mostrar que, Espíritas ou não, qualquer pessoa, de qualquer religião, pode instituí-lo também em suas casas. Cada qual com o seu Evangelho, com a sua “bíblia”. Ou com algum livro de mensagens elevadas, que contenha os ensinamentos do Cristo. Ou até mesmo sem qualquer papel, somente com o coração e com a disposição em ceder uma parte do tempo da semana às coisas da alma, que somente nós podemos fazer por nós mesmos. 

Que tal começar hoje, de uma forma bem simples?

Publico esta pequena passagem do livro “A Caminho da Luz”, do Chico Xavier, pelo espírito Emmanuel, que gostei muito, pelo resumo que ele faz de Jesus Cristo. Dá pra começar por ela. É belíssima!

“Mas Jesus assinala a sua passagem pela Terra com o selo constante da  mais augusta caridade e do mais abnegado amor. Suas parábolas e advertências estão impregnadas do perfume das verdades eternas e gloriosas. A manjedoura e o calvário são lições maravilhosas, cujas claridades iluminam os caminhos milenários da humanidade inteira, e sobretudo os seus exemplos e atos constituem um roteiro de todas as grandiosas finalidades, no aperfeiçoamento da vida terrestre. Com esses elementos, fez uma revolução espiritual que permanece no globo há dois milênios. Respeitando as leis do mundo, aludindo à efígie de César, ensinou as criaturas humanas a se elevarem para Deus, na dilatada compreensão das mais santas verdades da vida. Remodelou todos os conceitos da vida social, exemplificando a mais pura fraternidade. Cumprindo a Lei Antiga, encheu-lhe o organismo de tolerância, de piedade e de amor, com as suas lições na praça pública, em frente das criaturas desregradas e infelizes, e somente Ele ensinou o "Amai-vos uns aos outros", vivendo a situação de quem sabia cumpri-lo. Os Espíritos incapacitados de o compreender podem alegar que as suas fórmulas verbais eram antigas e conhecidas; mas ninguém poderá contestar que a sua exemplificação foi única, até agora, na face da Terra. A maioria dos missionários religiosos da antiguidade se compunha de príncipes, de sábios ou de grandes iniciados, que saíam da intimidade confortável dos palácios e dos templos; mas o Senhor da semeadura e da seara era a personificação de toda a sabedoria, de todo o amor, e o seu único palácio era a tenda humilde de um carpinteiro, onde fazia questão de ensinar à posteridade que a verdadeira aristocracia deve ser a do trabalho, lançando a fórmula sagrada, definida pelo pensamento moderno, como o coletivismo das mãos, aliado ao individualismo dos corações síntese social para a qual caminham as coletividades dos tempos que passam - e que, desprezando todas as convenções e honrarias terrestres, preferiu não possuir pedra onde repousasse o pensamento dolorido, a fim de que aprendessem os seus irmãos a lição inesquecível do "Caminho, da Verdade e da Vida".”


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