segunda-feira, 28 de maio de 2012

QUERIDAS CARTAS

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Hoje, na academia, conversando com uma amiga, ela me diz que, juntamente com o noivo, marcou a data do casamento:  janeiro vindouro. Acompanhei, nos últimos meses, uma pequena turbulência no namoro dos dois.  Hoje, chegamos à conclusão que o ocorrido acabou fortalecendo a relação, como se precisasse dar uma chacoalhada pra colocar as peças no lugar, ou pra mostrar que não é preciso ter medo da felicidade a dois. Sim, há muito casal que briga por medo (inconsciente) de viver um sentimento tão gostoso, de aceitar a possibilidade de se entregar mais ainda, de tornar a intimidade mais íntima ainda.

Contei a ela que quando lembro do seu noivo, sempre me vêm à mente as postagens de amor que ele fez no Facebook quando estavam estremecidos. Um dia, ela reuniu várias, para saber da minha opinião, e enviou-me por e-mail. Puxa... como é gostoso ler um homem falando de amor, não sendo ele um poeta, nem um escritor; sendo ele um simples mortal. E tinha dias que eu “brigava” com ela, e a alertava de que pensasse bem para não fazer bobagem e jogar pela janela a possibilidade de viver o amor com um homem que, escrevendo, eterniza o seu sentimento.

Falando a ela sobre as postagens do noivo, lembrei que antigamente eram comuns as cartas trocadas de amor. As mulheres, na sua maioria, guardavam-nas. E, geralmente, eram guardadas em maços, ou dentro dos livros, ou em caixas decoradas. Sugeri à minha amiga que imprimisse os escritos (embora uma ação antiecológica), pois daqui a vinte anos ela poderá relê-los, caso não tenha mais o Facebook ou caso ele seja substituído por outra rede, sei lá, a tecnologia anda a jato. (hehe)

Já contei aqui neste blog, que volta e meia acho bilhetinhos de namorados, ou dedicatórias em livros, e que adoro. Não foram escritos para outra pessoa, senão que para mim! Acho que a gente de vez em quando perde essa noção. É a mesma coisa a história do presente. O mais importante não é o produto, mas sim a intenção e toda a trajetória invisível pelo qual ele passou até chegar ao destinatário. O desejo, o pensamento, o  deslocamento até a loja, a escolha, o cuidado em pedir para embrulhar em papel especial, a espera para a entrega, a expectativa na sua abertura, o abraço de agradecimento.

A mesma coisa com as cartas. Não é o papel em si, é o sentimento “plasmado” com tinta o que importa.

Acredito que também possamos estender para os e-mails – as nossas cartas do presente, que acho que já estão indo para o passado, visto que tem muita gente que não os usa mais, por causa das redes sociais. Eu ainda gosto muito. E fico muito feliz ao abri-los quando endereçados somente a mim, a mais ninguém, e ainda com conteúdo para a alma.

Também no dia de hoje, recebi um e-mail de um amigo, que fora endereçado a outras pessoas que não só a mim, e que continha dois pequenos textos de títulos “Você tem a liberdade de escolher novamente.” e “Confie em seu coração. O Amor é o alicerce básico da vida.” E, como gostei muito dos textos, retornei com meus comentários, e recebi de volta com os comentários dele. E, como sempre, desse meu querido amigo, era de se esperar palavras boas, dessas que fazem o dia da gente, principalmente quando o dia está meio cinza. Dessas palavras que parecem que chegam nada ao acaso; que chegam com tudo a ver. Desse mesmo amigo recebi, somente eu, no Dia da Mulher, um e-mail que, como uma carta, vou guardar para sempre, no meio de um livro.

Então, mesmo sem a licença de meu amigo, transcrevo o e-mail que recebi de volta,  em resposta ao meu, pra você, leitor do meu blog, ver como é gostoso trocar “cartas”.

...
Devolvo a boa tarde para você, e concordo em gênero, número e grau com a sua visão sobre o “Eu tenho que”.

Nada de obrigação, é verdade, mas o foco deve ser a transformação interna de cada um, com sua posterior manifestação externa.

Acredito, querida, que o trabalho mais nobre é o da construção do ser humano, descobrindo a interdependência de tudo. Parar, pensar, eventualmente sofrer um pouco. Mas, no final, entender quem somos, o que sentimos, o que estamos fazendo neste mundo.

Um desafio está posto neste momento de mudanças da vibração planetária: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. De coração a coração.

Também, tal como você, estou dentro quando o assunto for amor e coração. Essa combinação, portanto, muito me agrada.

Uma semana supimpa é o que lhe desejo por ora. Com afeto,...

Sim... seguramente será uma semana supimpa!

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