Pouco falo de política no meu blog. Não que não goste. Pelo contrário: gosto bastante e acompanho. Contudo, como
gosto muito mais de falar sobre sentimentos, comportamentos, e coisas da vida,
acabo deixando a política de lado.
Mas não tem como não comentar a aliança Lula-Maluf. Como
diria o José Simão: “O PT fez uma algema e não uma aliança com o PP.”.
Não sou petista, nunca fui, nunca tive simpatia pelo
partido, nem em sonho. Não sou lulista, nunca fui, nunca tive simpatia por ele
(até porque sempre trabalhei e muito). Contudo, não tem como dizer que não acompanhei
desde o nascimento do PT até a sua chegada ao poder maior, na figura do Lula.
Quando o partido surgiu, os militantes pagavam carnês de
contribuição no mesmo banco que eu tinha conta.
Eu morava em Londrina e era uma época em que ficávamos na fila de banco para, desde retirar dinheiro, até pagar uma simples conta de luz. E aí víamos
pessoas simples, do povo, com o carnezinho na mão e ajudando o partido a se
fortalecer. Acho que daí que veio uma parte do dinheiro pra custear toda a trajetória
dos companheiros.
Não vou contar a história do partido, que se confunde com a
história do Lula, dos sindicatos, das greves e de toda oposição que ele fazia a
qualquer ideia dos outros partidos, fosse boa, fosse ruim. Isso mesmo: tinha muita oposição por oposição. Sabemos
disso só agora, quando vemos o partido e seus representantes tomando decisões
que outrora rechaçavam.
Parafraseando o próprio Lula, “nunca na história deste País”
imaginaríamos uma aliança dele com o Maluf, um homem conhecido e fichado até
pela Interpol. Um homem que celebrizou o “Rouba mas faz.”.
Chego a pensar aonde chega o desespero de um político, a
ponto de vender a alma ao diabo. Ou poderíamos usar a frase “cuspir no prato
que comeu”? Os petistas e os lulistas sempre posaram de ilibados, de defensores
do patrimônio público, dos honestos trabalhadores. Mas que exemplo, heim?
Fico imaginando o que pensou um lulista ao saber que o seu
ídolo foi até a casa do Maluf, pra fazer uma proposta de aliança.
Fico imaginando a cena do Lula chegando lá, e sendo recebido
pelo Maluf. Isso porque nem quero imaginar o Maluf sendo contatado para receber
o Lula em casa. Ele deve ter dado uma risada sarcástica e ainda esfregado uma
mão na outra quando desligou o telefone, ou quando recebeu o e-mail, ou quando
leu no Facebook que o Lula queria falar com ele, ou sei lá qual foi o meio do
convite. (hehe)
Imagina o Maluf, um homem de reputação política abaixo de zero, ser interpelado nada mais nada menos que pelo Lula. Deve ter se
sentido o máximo, como nunca se sentira na vida. Deve ter pensado que nem em milhões de
encarnações imaginaria aquele cenário todo.
Será que quem começou pagando carnezinho, quem engrossava as greves por melhores condições no trabalho, quem deu seu voto pra que o partido chegasse aonde chegou, imaginou algum dia o Lula na casa do Maluf, pedindo apoio?
Hehehehe...como você conseguiu escrever tudo o que eu pensei quando vi a reportagem sobre a "algema" Lula-Maluf??? Assim como eu nunca entendi como os paulistas ainda votam no Maluf, não entendo como um político com tanta popularidade (pra não inventar uma palavra relacionada a populismo ou paternalismo) se une a outro que não pode colocar os pés em quase qualquer país do mundo para não ser preso. E mais uma vez, o que conta são os números do grande rebanho brasileiro...está na hora de muita gente começar a "ruminar" seu título de eleitor pra não fazer "caca" nestas eleições. Melhor dizendo o que a minha amiga blogueira citou...o Lula não cuspiu no prato que comeu, mas está querendo comer no prato que cuspiu a vida toda...eca!
ResponderExcluirE bota "eca" nisso!
ResponderExcluirObrigada!